34 kg a menos e um cardápio low carb de encher os olhos: conheça a chef Saschi

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Sabrina Schmitd é casada, mãe de três filhos, já pesou mais de 105 kg e diz que fazer coisas que as pessoas gostassem de comer sempre foi um desafio. Depois de passar pelo que ela define como “os piores seis meses da vida”, ela mudou de vida e a mente, eliminou 34 kg e abraçou esse desafio de vez. A chef Saschi entrou em ação!

Hoje, soma quase 80 mil seguidores no Instagram @chef.saschi e mostra que é possível, sim, fazer comida saudável – low carb, sem glúten e de baixo índice glicêmico – daquelas de dar água na boca e comer com os olhos. 

Saschi é a nova colunista do iG Receitas  e lembra que, no começo, desconfiou que fosse possível seguir uma dieta com baixo teor de carboidrato e ainda comer bem, variando o cardápio. Mas decidiu apostar nessa linha de alimentação depois de viver alguns traumas e ultrapassar os 105 kg na balança. 

Dos 105 kg à mudança na alimentação

“No final de 2018 eu passei pelos piores seis meses da minha vida. Quebrei o pé, fiz uma cirurgia para tirar um mioma de 7 cm do útero e quase levei um tiro quando meu carro ficou preso no meio de um tiroteio de uma fuga de bandidos no Rio de Janeiro”, conta em um papo com o Delas. “Eu quebrei”.

Ela lembra também que nunca teve um peso linear, sempre fazia dieta, emagrecia um pouco e voltava a engordar – e cada vez engordava um pouco mais. Saschi diz não se percebia tão acima do peso como realmente estava.

O choque de realidade veio num estacionamento de um shopping, quando foi reclamar com um taxista que havia cortado a sua frente e acabou sendo ofendida por ele. “‘Tinha que ser uma gorda’, ele me falou, esbravejando e já saindo com o carro.  Sofri pra caramba e foi ali que eu falei que tinha que mudar de vida. Eu não me exergava daquele jeito”. 

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Reprodução: Instagram/@chef.saschi

Depois do trauma com a violência do Rio, ela também tinha decidido que iria se mudar de cidade. E assim, veio para Vinhedo, em São Paulo, para ficar mais perto da natureza e se reencontrar. “Cheguei e falei: preciso dar um jeito. Tentei algumas vezes emagrecer só cortando calorias e seguindo dietas tradicionais, mas depois dos 40 fica mais difícil lidar com os hormônios de frente. Então uma amiga sugeriu que eu tentasse a dieta cetogênica”. 

A ideia soou estranha num primeiro momento. “Achava que ia ficar mal humorada, que seria infeliz sem carboidrato, mas já estava com mais de 105 kg e essa foi a última cartada”, lembra Saschi. 

Mudanças no corpo e mudanças na mente

Em três meses de mudança no cardápio Saschi emagreceu 19 kg. “E isso foi sem exercício nenhum. Fui trabalhando a minha mente”, conta a chef, que começou a estudar mais sobre alimentação, tipos de jejum e testar receitas novas que coubessem na nova rotina. “Depois comecei com caminhada e mais exercícios, mas meu foco era mudar a mente para me manter no peso e não engordar mais”, continua. 

 

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Reprodução: Instagram/@chef.saschi

 

A meta era se manter no peso por pelo menos um ano para, como ela diz, o corpo entender. Um ano e meio depois, Saschi tinha eliminado 34 kg. 

E ao testar receitas, ela viu que poderia se alimentar de forma saudável e ainda inspirar os outros. “Sei que é difícil fazer uma estratégia de baixo carboidrato só comendo queijo e ovo. Também não queria isso. Queria ver um prato e desejar comer aquilo”, comenta a chef. 

Sucesso da chef Saschi

Para levar a nova alimentação, Saschi passou a experimentar mais coisas na cozinha. “Fui testando. Pegava receitas e ia modificando [para diminuir carboidrato, açúcares e índice glicêmico] até ficar bom para o meu paladar. Já sabia algumas coisas de gastronomia, o que combina com o quê, o que faz uma massa crescer, o que encorpa, e isso me ajudou a seguir o meu caminho e desenvolver as minhas receitas”. 

Para saber se estava mesmo no caminho certo, a chef usava seus vizinhos como “cobaias”. “Fazia um prato novo e levava para eles. Eles já são mais velhos, não estavam preocupados em emagrecer nem nada. Eles comiam e amavam. Esse era um feedback muito bom”, conta Saschi, que defende que comida low carb, sem glúten e de baixo índice glicêmico pode ser apreciada por todos. 

Ela, que já postava a rotina nas redes sociais, focou em mostrar receitas low carb e cetogênicas e logo teve uma boa resposta. “As pessoas começaram a gostar. Quando começou a quarentena decidi focar nisso para a vida”, fala a chef Saschi. 

Além dos quase 80 mil seguidores no Instagram, ela já lançou e-books e um desafio nas redes para que as pessoas descubram, em 21 dias, como corpo reage em cetose. No desafio, Saschi conversa com especialistas como coach de emagrecimento, nutricionistas e nutrólogos e ensina receitas e propõe desafios de alimentação.

“Não tem preço ver alguém que come a minha comida ou faz as minhas receitas dizer: ‘Nossa, está uma delícia’. E eu respondo que é sem carboidrato e sem açúcar”, diz Saschi, que defende que é possível ter um cardápio saudável, mas daqueles que dá vontade de comer, sem ficar só no queijo e no ovo. 

Agora, a chef comanda uma coluna sobre receitas low carb no iG Receitas. A estreia é nesta terça-feira (1), com uma receita inédita: bolo mousse gelado de chocolate com calda de Leite Ninho fake. É uma receita fácil e, sem dúvida, dessas de “comer com os olhos”. 

“Tenho muitas receitas que viram desejo e desejar sem culpa é muito legal”, comenta. 

Método Saschi de emagrecimento

Saschi ainda desenvolveu um método de emagrecimento para ajudar outras pessoas. Ele é baseado em 5 pilares: 

  • conhecer e dominar a mente
  • conhecer e dominar as emoções
  • respeitar o corpo
  • ter uma alimantação de alta performance (alto valor nutritivo com baixo carboidrato e baixo índice glicêmico
  • entender como e quando se alimentar

Ela fala que, durante o seu processo de emagrecimento, também passou a ser adepta do jejum. Com acompanhamento médico, já fez jejum de 120 horas e seguiu malhando e se sentindo bem disposta. “Não tenho mais desejos de comer coisas ruins”, afirma. 

Fonte: iG Mulher

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