Por Rafael Medeiros
O casal havia sido preso em flagrante, tentando vender um revólver, calibre 38, no estacionamento do supermercado Atacadão, no Porto, em Cuiabá. O revólver estava com a numeração raspada e escondido dentro da bolsa da professora.
Os acusados concederam entrevista exclusiva ao ‘O Bom da Notícia’ nesta segunda-feira (10). Márcia – que não possui nenhuma passagem criminal – reconhece o erro, porém, conta que com o ponto cortado – devido a greve – esta tendo dificuldades financeiras. Por isso, resolveu vender o revólver, que adquiriu há quatro meses, por R$ 2.400.
A professora conta ainda, que há quase um ano trabalha vendendo roupas com a ajuda do companheiro. Esse seria um dos motivos que a fez comprar a arma.
“Eu fico com muita mercadoria em casa, com medo. Eu comprei o revólver para minha defesa. Agora com o dia dos namorados chegando, precisava comprar mais roupas para vender, porém, com o ponto cortado, minha situação financeira tá ainda mais difícil. Foi então que resolvi vender a arma que havia adquirido há quatro meses, para comprar mercadoria. Eu nunca usei a arma, nunca matei ninguém. Eu só quero trabalhar”, conta a professora.
Márcia responde por porte ilegal de arma de fogo e Henry por posse ilegal. “Todo mundo tem arma. Estamos sendo humilhados, tratados feitos traficantes. Eu sei que erramos, mas eu não sou bandida”, diz a professora.
Márcia denuncia a truculência da Polícia Militar na hora da abordagem. “A gente foi tratado como os piores bandidos desta cidade. Eles chegaram falando, cadê a arma ? Cadê a arma? Foi então que caiu a minha ‘ficha'”.
Segundo a professora, o suposto comprador do revólver chama-se Lucas. Pórem, não foi identificado pela polícia.
Procurada pela reportagem, a PM descarta qualquer tipo de truculência nesta ocorrência.