17ª edição da parada gay acontece neste sábado, 16, na Praça Ipiranga, em Cuiabá

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“Tire seu preconceito do caminho que estamos passando com nosso amor”. Esta frase resume bem o principal ato de resistência e afirmação dos direitos LGBTQI+ em Mato Grosso, a Parada da Diversidade Sexual de Cuiabá, que chega a sua 17ª edição neste sábado,16.

 

A organização do encontro estima que mais de 20 mil pessoas participem da Parada este ano. A concentração ocorre na Praça Ipiranga, no Centro de Cuiabá, a partir das 14h e segue para a Orla do Porto, onde está montado o palco para apresentações artísticas regionais e nacionais.

 

Clovis Arantes, um dos organizadores do encontro, explica que a Parada da Diversidade Sexual é uma maneira de ampliar o espaço de luta, dando visibilidade à causa e levando informação à sociedade.

 

“Continuamos ainda tendo que gritar que existimos e queremos viver segundo nossos desejos. Contrariando à muitas pessoas desinformadas, não buscamos privilégios, mas exigimos igualdade de direitos e respeito às diferenças de cada um”, explica.

 

Para além da sexualidade, o movimento estende o debate também à classe trabalhadora, abordando questões como inserção da comunidade LGBTQI+ no mercado de trabalho e seus direitos. Entre as pautas, a nova Previdência Social é destaque.

 

O encontro também discutirá questões pertinentes à rotina dos LGBTQI+, considerando, especialmente, os obstáculos impostos a travestis, homens e mulheres transexuais.

 

“Travestis, homens e mulheres trans sofrem todos os dias a dor de serem preteridos quando saem em busca de uma vaga de trabalho. Não são poucas as denúncias de abuso, somente por conta da orientação sexual, e, ou, identidade de gênero. Isso se apresenta nas mais variadas formas. Além do mais, será que teremos direito a aposentadoria? ”, questiona Clovis.

 

De acordo com Clovis Arantes, as questões e os temas discutidos em cada edição baseiam-se sempre nas necessidades da população LGBTQI+. Sobre a temática que aborda empregabilidade, preconceito no local de trabalho e falta de oportunidades, Clovis explica:

 

“Os poderes têm que pensar nas políticas públicas de inclusão, até porque os LGBTQI+ também pagam impostos, temos direitos. Por isso, esse ano vamos despertar os poderes para as nossas causas, queremos empregos, aposentadoria, garantias”, diz.

 

Milhares de pessoas vão colorir as ruas de Cuiabá, ao longo do trajeto, que cruza a Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Rua XV Novembro. Na Orla do Porto, apresentações de Almerinda, Seven, Henderson Santana, Pedro Tavares, Bia Trindade, Daiely Cristina e Wallazi. “Ainda, não poderiam faltar as grandes e talentosas Dragas, artistas da cidade de Cuiabá e do interior do Estado,  dando início às apresentações que se estendem até às 23h”, adianta Valdomiro Arruda.

 

A 17ª edição da Parada da Diversidade Sexual de Cuiabá é uma realização do Grupo Livremente: Conscientização e Direitos Humanos LGBTQI e do Conselho Municipal de Atenção a Diversidade Sexual de Cuiabá (CMADS). Coordenação Geral do Conselho Estadual de Educação, União Brasileira de Mulheres, Mães pela Diversidade e Conselho da Juventude (Conjuv).

 

O encontro tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, Prefeitura de Cuiabá, Central Única dos Trabalhadores (Cut), Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro (Seeb – MT), Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público (Sintep MT e Sintep Cuiabá), Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat), Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública, Polícia Militar (PM), da Secretaria de Mobilidade Urbana (Sembo) e do Corpo de Bombeiros atuarão prestando suporte técnico.

 

 

 

Fonte:Página 12 Foto: Reprodução

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