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Os moradores do Bairro Jardim Universitário, em Cuiabá, estão fazendo uma campanha para tentar impedir a construção de uma unidade do Instituto Médico Legal (IML) na região. Eles espalharam faixas em várias avenidas do bairro para que outros moradores assinem o abaixo-assinado, que já tem mais de 700 assinaturas.

O projeto que prevê a contrução da unidade foi apresentado nesta quinta-feira (21) à Câmara de Vereadores de Cuiabá pelo diretor-geral da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Reginaldo Rossi do Carmo.

A campanha contra a instalação do IML está sendo mobilizada pelo Conselho de Segurança da região da Estrada do Moinho. Segundo a presidente do Conselho, Eunice Monteiro, o projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) não foi discutido com a comunidade.

Além disso, alega que, como o bairro é residencial, não tem infraestrutura suficiente para abrigar um órgão tão movimentado. Também reclama que não foi apresentado o estudo de impacto de vizinhança exigido para uma construção desse porte.

“Temos apenas duas linhas de ônibus, que são insuficientes para o bairro. Agora imagina o estado desse ônibus com o volume de gente que viria no IML?”, questionou.

Os moradores também se preocupam com a mobilidade no bairro. “O fluxo de veículos já é alto e só tem duas saídas. A construção do IML vai dificultar ainda mais o trânsito”, argumentou.

As assinaturas começaram a ser colhidas há cinco dias. A expectativa é conseguir o apoio de cinco mil pessoas.

Abaixo-assinado busca colher 5 mil assinaturas (Foto: Lidiane Moraes/ G1)Abaixo-assinado busca colher 5 mil assinaturas (Foto: Lidiane Moraes/ G1)

Abaixo-assinado busca colher 5 mil assinaturas (Foto: Lidiane Moraes/ G1)

O projeto, segundo o diretor-geral da Politec, atende à todas as especificações necessárias para o funcionamento no local e que as regras de preservação do meio ambiente também estão sendo atendidas.

A região foi escolhida pensando na mobilidade urbana para as pessoas que precisam dos serviços do IML, defendeu o diretor.

O prédio deve ser composto por salas de exames de lesão corporal, odonto-legal, antropologia, insanidade mental e exumação, além dos setores de necropsia e identificação.

“O IML terá um equipamento de foto-oxidação para evitar que o mau-cheiro dos corpos em decomposição não cheguem até a casa dos moradores e garantir o bem-estar da comunidade”, explicou Rossi.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP) informou que a construção de um novo IML é urgente, pois o prédio atual não comporta mais os serviços prestados e nem os equipamentos que foram desenvolvidos especificamente para o órgão.

A secretaria informou ainda que o IML atende anualmente cerca de 15 mil pessoas e é responsável pela análise de 1,5 mil corpos.

Os moradores apresentaram uma reclamação ao Ministério Público Estadual, cuja análise está prevista para janeiro.  Por G1

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