Imagens de câmeras de segurança de um comercio de motos, na rua Dois, do bairro Pedra 90, em Cuiabá, mostram a adolescente de 13 anos voltando para pegar o celular na academia, antes de ser roubada e estuprada, pelo ex-presidiário Jonathan Alves dos Santos, 32 anos. Os vídeos foram divulgados pelo programa ‘SBT Comunidade’, que também conversou com o pai da vítima e testemunhas que ajudaram a salvar menor.
A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva, durante audiência de custodia, nesta quinta-feira (30).
Em um dos vídeos mostra que por volta das 20h47, da última segunda-feira (27), o suspeito passa alucinado, sob efeito de ‘crack’. Um minuto depois, por volta das 20h48 a adolescente passa no mesmo local, seguindo para casa. Em um outro ângulo do vídeo, é possível ver quando a menina para na esquina e volta para pegar o celular. Depois que ela sai da academia pela segunda vez, não é mais vista.
A polícia acredita que nesse intervalo, a adolescente foi arrastada para o matagal e estuprada. Jonathan Alves revelou em depoimento que ágil sozinho. Ele praticou sexo oral na vítima e em seguida introduziu dois dedos nas genitálias da menina. Quando ela gritou, o suspeito desferiu duas pedradas na cabeça dela e fugiu pulando muros. Moradores da região ouviram os gritos e acionaram a Polícia Militar.
Marinilva Oliveira foi uma das vizinhas que ajudou a socorrer a vítima de 13 anos. “A menina estava nua, só com o tênis. Ela estava de bruço e só gemia de dor. Uma cena horrível. Se a população não tivesse visto ela teria morrido”, lamentou.
O pai da vítima disse que a adolescente segue internada com traumas e descarta sequelas neurológicas decorrente das agressões. Após recuperada a menina será ouvida pela equipe psicossocial da Deddica. “Ela tá muito em choque, não consegue falar com ninguém. Ela tá com dificuldade de reconhecer eu, que sou pai dela. Ele é um monstro. Merece pena de morte. Espero que ele permanece preso”, desabafou ao SBT Comunidade.
Delgado Clayton Queiroz Moura, da Delegacia da Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), destacou que as investigações continuam, pelos próximos 30 dias. “A gente aguarda a liberação medica para que ela seja trazida à delegacia. Ela também precisa passar por exame de corpo e delito. Ele confessou que ágil sozinho. E disse que vendeu o celular da vítima por 180 reais para comprar mais drogas. A polícia tá em buscas de outros elementos e temos 30 dias para concluir o inquérito”, revelou o delegado ao SBT Comunidade.
Jonathan Alves possui antecedentes criminais por roubo, furto e tráfico de drogas no estado de Santa Catarina. E foi preso em Cuiabá no ano passado por tráfico e saiu recentemente do Centro de Ressocialização (CRC). Na casa em que ele morava com uma travesti, foi apreendida a camisa que usava no momento do ataque.
Fonte: Mato Grosso Mais