Véu de Noiva: saiba como a cachoeira teve nome alterado por arcebispo de Cuiabá

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Dom Francisco de Aquino Correia foi o responsável por mudar o nome da cachoeira que é um dos cartões postais de Chapada dos Guimarães, originalmente chamada de ‘Bocaina do Inferno’

‘Bocaina do Inferno’: esse era o nome original da cachoeira que hoje chamamos de ‘Véu de Noiva’, um dos principais pontos turísticos de Chapada dos Guimarães, a 65 km da Capital. O Primeira Página te conta, abaixo, como o nome do local foi alterado após um poema escrito por um arcebispo de Cuiabá.

Véu de Noiva, a antiga ‘Bocaina do Inferno’

Dom Francisco de Aquino Correia foi o responsável por mudar o nome da cachoeira que é um dos cartões postais de Chapada dos Guimarães.

O nome anterior fazia referência a outro ponto conhecido na região, o Portão do Inferno – também famoso pelos mais de 80 metros de altura e localizado no Parque Nacional de Chapada. Bocaina quer dizer depressão que serve de passagem numa serra.

Aquino Correia foi uma figura de grande importância na história cuiabana e mato-grossense. Nascido e abril de 1885, foi sacerdote, arcebispo de Cuiabá, poeta, orador sacro e atuou como governador de Mato Grosso aos 32 anos.

Dom Francisco de Aquino Correia. (Foto: Reprodução)

Além disso, ele fundou a AML (Academia Mato-grossense de Letras) e o Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso.

Nessa trajetória, escreveu poemas que imortalizaram a cultura e belezas naturais da Baixada Cuiabana. Um exemplo é o poema “Canção Mato-grossense”, decretado como hino oficial do estado em setembro de 1983.

Depois, veio o poema “Véu de Noiva”, inspirado pela incrível beleza cênica de Chapada do Guimarães e que deu um novo nome à famosa cachoeira, que atualmente atrai milhares de turistas.

Trecho da poesia 'Véu de Noiva' de Dom Francisco de Aquino Correia. (Foto: Reprodução)

O poema acima demonstra, em linguagem literária, a grandiosidade da cachoeira, famosa por seus 86 metros de queda livre, formados pelas águas do rio Coxipó.

A longa extensão da cachoeira, que tem uma queda d’água calma e delicada, foi a característica observada pelo poeta para a criação de um nome que se aproximasse da pureza de um véu utilizado por uma noiva, e assim, surgia o nome que conhecemos hoje.

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