Universidades federais aderem à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza

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UFG, UFRGS e UFSC, vinculadas ao MEC, são as primeiras universidades brasileiras a aderirem à Aliança, que visa erradicar a fome e a pobreza até 2030. A iniciativa foi lançada durante o encontro do G20 no Brasil

Em um passo importante para o combate à fome e à pobreza, três universidades federais vinculadas ao Ministério da Educação (MEC) aderiram à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada durante o encontro do G20 no Brasil. As pioneiras na adesão são a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

A participação da UFRGS, da UFG e da UFSC na Aliança será focada no pilar de conhecimento, um dos três eixos estruturantes da iniciativa. Esse pilar envolve a produção de estudos e indicadores para subsidiar o grupo, com base na catalogação de boas práticas em políticas públicas de combate à fome e à pobreza adotadas em diferentes países. 

A adesão das instituições foi formalizada em reunião com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, em dezembro de 2024. Além das universidades brasileiras, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já conta com a Universidade de Buenos Aires (UBA), da Argentina. 

CONTRIBUIÇÕES – A UFG tem experiência no enfrentamento da fome e da pobreza, com iniciativas que incluem projetos de alimentação escolar, fortalecimento da agricultura familiar e desenvolvimento de tecnologias para reduzir desigualdades e insegurança alimentar. A reitora, Angelita Lima, ressaltou o compromisso da instituição com o Plano Brasil Sem Fome ao aderir à Aliança Global: “Gostaria de firmar um compromisso que assumimos ao ingressar na Aliança: o de colocar o conhecimento e os quadros da universidade à disposição, articulando-os com as diretrizes do plano brasileiro de combate à fome”. 

Para a reitora da UFRGS, Márcia Cristina Barbosa, as universidades têm papel fundamental na análise de políticas públicas e, por isso, é importante a produção de dados para avaliar resultados. “As universidades precisam se aprofundar no cerne de dados importantes. Assim, podemos olhar para trás e dizer: ‘Essas políticas geraram esses resultados’, por exemplo: ‘Esses jovens do Bolsa Família estão agora em diferentes cenários’”, explicou. A UFRGS contribuirá para a Aliança com pesquisas em sociologia do desenvolvimento rural e estudos agroalimentares, além de se destacar pelos avanços científicos e tecnológicos das Faculdades de Agronomia e Veterinária, voltados à produção eficiente e sustentável de alimentos. 

A UFSC foi representada na reunião pelo reitor Irineu Manoel de Souza e pela professora Cristiane Derani, do Departamento de Direito. A instituição é considerada referência em pesquisas sobre segurança alimentar, produção sustentável de alimentos, restauração ecológica e conservação ambiental, com foco na proteção da biodiversidade e do clima. A universidade se destaca, ainda, pela colaboração pioneira com produtores locais, incluindo o trabalho internacionalmente reconhecido na produção de matrizes de ostras e na transferência de tecnologias para práticas sustentáveis na produção de alimentos. 

ALIANÇA – A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem como objetivo erradicar a fome e a pobreza até 2030, reduzir desigualdades e fomentar parcerias globais para o desenvolvimento sustentável, com foco em transições inclusivas e justas. A iniciativa é estruturada em três pilares principais: nacional, financeiro e de conhecimento. Eles buscam mobilizar e coordenar recursos para políticas baseadas em evidências, ajustadas às realidades dos países-membros. Embora tenha sido lançada no âmbito do G20, a Aliança funcionará como uma plataforma global independente, com apoio contínuo e possibilidade de novos impulsos de futuras presidências do G20.

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