Só três cursos da UFMT alcançam a nota máxima no Enade

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Por Joanice de Deus |Três cursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), principal instituição pública de ensino superior do Estado, alcançaram conceito máximo no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2019.

As notas foram divulgadas, na terça-feira, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (Mec) responsável pela avaliação.

Nessa edição, foram avaliados 26 cursos de bacharelado em engenharia, arquitetura e urbanismo, ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins, além dos cursos tecnológicos nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

A avaliação nacional é componente curricular obrigatória para graduação no ensino superior, sendo que o “Conceito Enade” varia de 1 a 5 e quanto mais alta for a pontuação, melhor o desempenho dos estudantes.

Da UFMT, estiveram presentes 867 estudantes distribuídos pelos campus de Cuiabá (308), Barra do Garças (111), Pontal do Araguaia (46), Rondonópolis (151), Sinop (233) e Várzea Grande (18).

Alcançaram conceito 5 as faculdades de medicina e arquitetura e urbanismo, campus de Cuiabá; e também medicina de Rondonópolis.

A avaliação mais baixa foi obtida pelo curso de enfermagem de Sinop, com 2 pontos. Os demais atingiram entre 3 e 4 de nota.

Outra instituição federal (IFs) localizada no Estado, o Instituto Federal (IFMT) teve o curso de agronomia, em Sorriso, com a melhor pontuação (4).

As faculdades federais são justamente onde deve haver cortes da ordem de R$ 994,6 milhões no orçamento de 2021, conforme a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Esse valor representa uma redução de 17,5% das despesas “não obrigatórias” (discricionárias).

Na Universidade do Estado (Unemat), o conceito Enade ficou entre 1 e 04, dentre nove áreas ofertadas pela instituição avaliadas.

Já de três faculdades participantes do Centro Universitário Unic, universidade particular localizada na Capital, duas (biomedicina e enfermagem) atingiram conceito 2 e uma delas, a de tecnologia em radiologia, ficou sem conceito (SC).

Em Várzea Grande, acadêmicos de 18 cursos do Centro Universitário (Univag) estiveram presentes no exame.

A maior nota (4) foi alcançada pelas turmas de engenharia de alimentos, tecnologia em estética e cosmética, educação física bacharelado, arquitetura e urbanismo, tecnologia em radiologia, agronomia e medicina.

O curso tecnologia em gestão hospitalar da Faculdade Invest de Ciência e Tecnologia, em Cuiabá, também obteve conceito 5.

De acordo com o Inep, foram 1.225 instituições participantes em nível nacional. Deste total, 85% (1.039) são privadas, enquanto 15% (186) são públicas.

Já entre os 8.368 cursos avaliados, 76% (6.360) são oferecidos em estabelecimentos de ensino privado.

Em contraponto, 24% (2.008) são ofertados pela rede pública.

Em relação à modalidade de ensino, os dados revelam que, nas áreas avaliadas em 2019, o estudo presencial continua sendo predominante entre os estudantes que concluíram a educação superior, com 95% (371.692) dos avaliados, contra 5% (18.151) dos que cursaram a graduação por meio da educação a distância (EaD).

No que diz respeito ao perfil socioeconômico dos estudantes concluintes, entre outros aspectos, o levantamento mostra que 60% são beneficiados por subsídios ou financiamentos públicos, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni).

Ao todo, 84,6% (329.571) têm entre 18 e 33 anos. Do total de participantes, 55% são mulheres e 45%, homens.

Foram divulgados os resultados dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior: o Conceito Enade e o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).

O primeiro é calculado a partir dos desempenhos dos estudantes concluintes dos cursos de graduação no exame nacional de desempenho.

Já o IDD busca mensurar o valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes. O objetivo é aferir o quanto a graduação contribuiu para a formação do estudante.

Para isso, o cálculo considera os desempenhos no Enade e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que serve como subsídio para uma análise das condições de desenvolvimento do estudante, no momento que ingressa na graduação.

Conforme o Inep, esses indicadores subsidiam políticas públicas e processos de supervisão e regulação da educação superior.

Fonte: Diário de Cuiabá

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