Sebrae e Caixa firmam acordo para ampliar o acesso de pequenos
negócios a crédito
Microempreendedor Individual, micro e pequenas empresas vão contar com
a orientação do Sebrae e terão à disposição consultoria ao longo de
todo o processo
Sebrae e CAIXA assinaram nesta segunda-feira (20), um convênio com
objetivo de facilitar o acesso das micro e pequenas empresas (MPE),
bem como microempreendedores individuais (MEI), a crédito. A medida
faz parte do conjunto de iniciativas que vem sendo implementado pelo
Governo Federal e pelo Sebrae, para reduzir o impacto provocado pela
crise do coronavírus sobre os pequenos negócios no Brasil. Para isso,
segundo o acordo, serão utilizadas as linhas de crédito
disponibilizadas pela CAIXA e as garantias complementares concedidas
pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas
(Fampe).
O acordo é um desdobramento da Medida Provisória 932 que estabeleceu,
por um período de três meses, que 50% da arrecadação do Sebrae será
destinada a fortalecer o Fampe e permitir um aumento nas operações de
crédito com taxas mais baixas, maior prazo e melhor período de
carência. A expectativa do Sebrae é que esta operação de socorro aos
pequenos negócios na crise do coronavírus (no contexto na MP) começará
com R$ 500 milhões para o Fampe em garantias, o que permitirá a
concessão de aproximadamente R$ 6 bilhões (podendo chegar a R$ 7
bilhões) em negócios.
O Fampe viabiliza a garantia necessária às micro e pequenas empresas,
atendendo às exigências das instituições financeiras para conceder
operações de crédito. O fundo de aval disponibilizado pelo Sebrae pode
alavancar empréstimos no valor 12 vezes ao do seu patrimônio. “Um dos
maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios a crédito é a
exigência de garantias feita pelas instituições financeiras. Nesse
sentido, o Fampe funciona como um salvo-conduto, que vai permitir aos
pequenos negócios, incluindo até o microempreendedor individual,
obterem os recursos para capital de giro, tão necessários para
atravessarem a crise provocada pela pandemia do coronavírus, mantendo
os negócios e os empregos”, explica o presidente do Sebrae, Carlos
Melles.
Além de entrar com recursos para alavancar o volume de operações de
crédito, o grande diferencial do Fampe é que os empreendedores vão
contar com um crédito assistido pelo Sebrae. ” Os donos de micro e
pequenas empresas serão acompanhados ao longo de todas as fases da
operação, através da oferta de capacitações e soluções adequadas às
necessidades de cada empreendedor e do estágio em que ele se encontra
no processo do crédito. Isso vai possibilitar a redução do risco e,
consequente, dos custos financeiros das operações”, acrescenta Melles.
Nesse sentido, os empreendedores terão à sua disposição tutoriais,
capacitações EAD e presenciais, bem como consultorias. Cada tipo de
atendimento está voltado às necessidades de cada público específico.
No acordo com o Sebrae, a Caixa se compromete a disponibilizar e
utilizar linhas de crédito que atendam às condições de melhores
condições de taxas, prazo e carência, de forma a atender a demanda por
crédito em melhores condições, para MEI, micro e pequenas empresas. As
duas instituições farão um intercâmbio de informações, por meio
eletrônico, com o objetivo de agilizar e facilitar a concessão do
crédito. Ainda em razão do acordo, a Caixa se compromete em estimular
os empreendedores a buscar assessoria e consultoria especializada do
Sebrae.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a parceria com o
Sebrae tem o objetivo de apoiar o setor que vem sofrendo com a
pandemia. “A Caixa, enquanto banco público tem a missão de dedicar uma
atenção especial a este cliente que gera tantos empregos no país.
Através da parceria, a Caixa disponibilizará melhores condições de
taxas, prazo e carência, de forma a atender a demanda por crédito do
setor”, disse o presidente.
A parceria utilizará as linhas de crédito disponibilizadas pela Caixa
e as garantias complementares serão concedidas pelo Sebrae, por meio
do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Segundo o
vice-presidente da Caixa, Celso Derziê, “a expectativa é injetar R$ 12
bilhões em linhas de crédito facilitado para o setor”, acrescentou.