O sargento da Polícia Militar, João Ricardo Soler, presta depoimento nesta manhã aos delegados Flávio Henrique Stringueta e Ana Cristina Feldner, que conduzem as investigações sobre a central clandestina de interceptações telefônicas na modalidade “barriga de aluguel”. Ele chegou por volta das 9h10 ao Complexo Miranda Reis de Juizados Especiais, no bairro Bandeirantes, em Cuiabá, local onde acontecem as oitivas dos acusados que foram presos no dia 27 de setembro acusados de obstrução de Justiça.
Soler chegou numa viatura da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) escoltado por policiais e escondeu o rosto usando uma folha de papel para evitar ser fotografado ou filmado pelos profissionais da imprensa que acompanham os desdobramentos das investigações.
Rircado Soler é acusado de ter levado um equipamento e uma câmera para o tenente-coronel para ser instalada na farda do tenenente-coronel José Henrique Costa Soares para gravar o desembargador Orlando de Almeida Perri, responsável por autorizar a abertura de 6 inquéritos policiais para investigar diversas pessoas suspeitas de envolvimento no esquema que vem sendo chamado de “grampolândia pantaneira”.
A trama armada pelos envolvidos para gravar o magistrado foi denunciada pelo coronel Soares que afirmou ter sido coagido pelos integrantes do Orlando Perri classificou como uma organização criminosa. Os detalhes do plano bem como a entrega da farda com o equipamento espião entregues por Soares fizeram o desembargador decretar a prisão preventiva de 8 pessoas, entre elas 2 secretários de Estado e outros 2 ex-secretários. Para cumprimento dos mandados, a Polícia Civil deflagrou a Operação Esdras em 27 de setembro.
O advogado Reinaldo Soleti, que patrocina a defesa do sargento Soler disse que ele vai colaborar com a investigação.
http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/152/og/1/materia/522410/t/sargento-envolvido-em-trama-para-gravar-perri-e-interrogado
Celly Silva e Welington Sabino, do GD