Santa Casa de Rondonópolis reabre 20 leitos de UTI com autorização provisória do CRM-MT

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O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) suspendeu parcialmente a interdição ética aplicada a setores da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis. A abertura de 10 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e outros 10 da UTI Neonatal foi viabilizada após a apresentação, por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de uma escala de médicos que estarão na unidade. O hospital, responsável pelo atendimento a pacientes de 19 municípios, seguirá sob supervisão constante do Conselho e terá 20 dias para sanar as demais inconformidades encontradas durante fiscalização realizada na última segunda-feira (11.11).

A suspensão parcial foi decidida em reunião extraordinária do CRM-MT, realizada nesta quinta-feira (14.11). Os conselheiros analisaram a escala de profissionais apresentada pela secretaria e constataram que ela atende parcialmente o que é determinado pelo Ministério da Saúde e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). “Estamos sensibilizados com os reflexos da interdição para a população que precisa dos serviços da Santa Casa, buscamos tanto a SMS quanto a Secretaria de Estado de Saúde (SES) para encontrarmos uma solução. Diante do que nos foi apresentado, entendemos que estes 20 leitos podem ser reabertos de forma provisória”, explicou o presidente do CRM-MT, Diogo Sampaio.

Segundo o presidente do CRM-MT, a SMS se comprometeu a garantir o pagamento dos profissionais que atuarão nas UTIs. A paralisação dos serviços, o que motivou a interdição, foi causada, entre outras coisas, pela falta de médicos na unidade. “Vale destacar que outros setores da Santa Casa já comunicaram a suspensão dos atendimentos por conta dos atrasos constantes nos pagamentos, mesmo com a Prefeitura de Rondonópolis afirmando que está em dia com os repasses”, observou Sampaio.

Sampaio pontua que a escala apresentada conta com alguns problemas, como o fato de que nem todos os médicos possuem especialização em pediatria, requisito mínimo, conforme resolução do CFM. “Por isso, demos um prazo de 20 dias para que esta situação seja regularizada, além é claro das demais inconformidades. O Alojamento e a Sala de Parto, por exemplo, seguem sob interdição ética. O CRM fará uma supervisão constante do cumprimento desta escala apresentada e pode reverter esta suspensão em caso de descumprimento”.

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