Renda familiar diminui durante pandemia da Covid, diz pesquisa

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Durante a pandemia do coronavírus, que começou em março, a renda familiar registrou uma redução considerável.

O dado é apontado em pesquisa feita pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), por meio do seu núcleo de inteligência de mercado, com a população, após o retorno das atividades econômicas.

Neste bloco do levantamento, está a relação dos entrevistados com a Covid-19, apontando que 57,7% afirmaram que, em sua família, a renda financeira diminuiu devido à pandemia, enquanto que 90,3% disseram não ter perdido o emprego.

A média percentual de diminuição da renda foi de 440%.

A pesquisa buscou analisar também a geração que mais sofreu com a diminuição da renda.

O resultado indicou a geração X (de 41 a 55 anos), somando 66,7% dos entrevistados.

Quanto aos que se mantiveram empregados, 93,6% foram da geração Z (até os 25 anos).

Outro ponto apurado pela pesquisa foi se a população tem procurado completar sua renda com uma atividade informal.

Foram 20,3% respondentes que disseram que possuem uma atividade informal para completar ou ganhar sua renda mensal.

“Com a quarentena obrigatória, 48,8% dos empregadores em Cuiabá precisaram suspender contratos de trabalho e/ou reduzir a carga horária dos trabalhadores. Essa medida ajudou a reduzir o número de demissões, porém, foi inevitável a redução da renda. Com o retorno das atividades empresariais, gradualmente, a renda está retornando ao mesmo patamar de antes da pandemia. Inclusive, acreditamos que, até o fechamento do ano, boa parte das pessoas que perderam os seus empregos conseguirá voltar a ter uma renda mais sólida”, disse Fábio Granja, superintendente da CDL Cuiabá.

“Além disso, é importante relatar a necessidade de termos um planejamento financeiro pessoal mais estruturado nas famílias. Sabemos que o consumo é fundamental para movimentar a economia, porém é importante que as compras sejam mais conscientes”, completouu Granja.

MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA – Cerca de 97% dos entrevistados afirmaram que utilizam, diariamente, máscaras e álcool gel ou 70%.

Já 87,7% disseram que estão mantendo distanciamento de familiares e amigos que moram em outros lugares.

Outros 55,3% dos entrevistados afirmaram que pessoas conhecidas ou parentes contraíram a Covid-19.

48,7% dos entrevistados discordam que tem aumentado o seu medo de sair de casa.

Segundo a pesquisa, a geração que tem mais medo de ir às ruas é a X (De 41 a 55 anos).

“É importante destacar que o consumidor tem percebido que o comércio está preparado para recebê-los. Esse percentual chega a 98,7%, melhorando o nível de confiança para ir às compras. A população está muito mais consciente, mas é claro que não podemos entrar em nenhuma zona de conforto. Ainda não temos a vacina, e a pandemia está presente em nossas vidas. O nosso papel como indivíduo precisa ser mantido, com a conscientização necessária referente às medidas de biossegurança, principalmente, evitando aglomerações, utilizando máscara e higienizando constantemente as mãos”, observou Granja.

PERFIL – A pesquisa ouviu 300 pessoas nas principais regiões de comércio de Cuiabá, sendo 51% dos entrevistados do sexo feminino, e a idade média geral de 39 anos.

A maioria deles possuía ensino médio (63%) e era casado.

Dos entrevistados, 45% eram funcionários de empresas privadas e 28% prestadores de serviços/autônomos, e ainda 7% eram funcionários públicos.

A renda familiar mensal de 42% dos entrevistados ficou na faixa entre R$ 1.501 e R$ 3.000.

Fonte: Diário de Cuiabá

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