Quatro toneladas de drogas foram incineradas pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), em Cuiabá. A destruição do entorpecente, dividido em maconha, cocaína, anabolizantes e drogas sintéticas, ocorreu na fornalha de uma fábrica de estocagem de grãos, na Rodovia dos Imigrantes, no Bairro Distrito Industrial. No montante, também há apreensões de outras unidades da Polícia Civil e as realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Militar (PM), que são entregues nas duas Centrais de Flagrantes, de Cuiabá e Várzea Grande.
Conforme o delegado titular da DRE, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, as quatro toneladas de drogas foram apreendidas ao longo do ano, principalmente em operações policiais realizadas pela especializada. Ele explicou que a metodologia de trabalho da DRE é dividida em duas vertentes de combate ao tráfico de drogas. Uma com foco enfrentamento ao tráfico interestadual que envolve grandes carregamentos de drogas vindo do Estado de Mato Grosso do Sul (MS) e da fronteira com a Bolívia.
O segundo foco visa o combate ao “tráfico formiguinha” que abastece as bocas de fumo enraizadas nos bairros da baixada cuiabana e Várzea Grande, o qual também fomenta outros tipos de delitos como roubo, homicídio, furto e latrocínio, e traz a sensação de insegurança as comunidades. Além do trabalho investigativo das equipes policiais, algumas apreensões são resultados de denúncias anônimas feitas pela sociedade, uma vez que toda informação que chega a DRE é devidamente checada pelas equipes de investigadores da unidade.
O delegado destacou ainda que o recorde na apreensão de drogas em Mato Grosso ocorreu em razão de realização de trabalhos integrados entre as forças de segurança pública e o fortalecimento da inteligência policial. “Os trabalhos das equipes de inteligência avançaram bastante e a integração entre as instituições foram fundamentais para o aumento da produtividade, demonstrada através da maior incineração da história. Hoje é o momento de encerrar um ciclo que inclui a investigações, apreensões, prisões e agora a destruição do entorpecente”, destacou.
Para o secretário adjunto de Inteligência da Sesp, delegado Wylton Massao Ohara, o combate ao tráfico de entorpecentes e, consequentemente, a apreensão, tem reflexos na criminalidade em geral. “Sabemos que a droga fomenta inúmeros outros crimes. Essas apreensões representam também redução da criminalidade, com reflexos nas estatísticas, com reduções importantes em índices criminais como roubos e furtos. E o trabalho integrado com as forças de segurança do estado e federal é importante nessa estratégia de combate ao tráfico”.
Fonte: Diário de Cuiabá