Mais de 750 alunos de duas escolas de Cuiabá participaram da semana de prevenção, realizada pelos projetos sociais desenvolvidos pela Coordenadoria de Polícia Comunitária, da Polícia Judiciária Civil. Durante cinco dias (23 a 27 de abril) foram desenvolvidas atividades voltadas para diálogos, orientações e esclarecimentos, com publico alvo, formado por jovens e adolescentes.
As palestras e outras ações com temas da atualidade como drogas e formas de manifestação de violência no cotidiano escolar, o conhecido“bullying”, prenderam a atenção dos participantes, que puderam aprender mais sobre os assuntos e esclarecer dúvidas.
Cerca de 420 estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, períodos matutino e vespertino, da Escola Coração de Jesus e mais 345 alunos do ensino médio da Escola Estadual Presidente Médici participaram das apresentações.
Nas palestras ministradas pelos policiais civis, Ademar Torres e Edmir Sena, foram abordadas temáticas como “Bullying não é brincadeira”, com recursos de audiovisual e dinâmicas nas apresentações, que apresentaram os oito conceitos que caracterizam o bullying na escola, sendo: bullying físico, psicológico, moral, verbal, sexual, social, material e virtual ou cyberbullying.
“O bullying na escola muitas vezes inicia com a conduta de colocar apelidos relacionados à existência de preconceitos que envolvem questões étnico-raciais, deficiências físicas e mentais, orientação sexual, bem como aparência corporal e atos pessoais, suas expressões faciais, sua postura, movimentação, modo de falar, gestos, entre outros”, destacou o investigador de polícia Edmir Sena.
Conforme a professora do ensino médio da Escola Estadual Presidente Médici, Raquel Reis Velasco, o bullying é um fenômeno presente em nossa comunidade escolar e toda a equipe da escola está atenta e engajada na construção coletiva de ações para interromper esse processo.
“O objetivo dessa ação com os projetos sociais é incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, propondo atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito, evitando assim que situações de violência sejam criadas”, contou a educadora Raquel Reis Velasco.
Em apoio as atividades, dois delegados de polícia palestraram para os alunos. O coordenador de Polícia Comunitária, Gênison Brito Alves Lima, que trabalhou o tema “vencendo preconceitos” e o delegado da Gerência Estadual de Polinter, Flávio Henrique Stringueta, que falou sobre drogas e relação com a criminalidade. “O consumo de drogas sempre esteve presente, tanto na sociedade, seja no contexto social, econômico, cultural, psicológico, deixando recentemente de ter uma conotação exclusivamente individual para se constituir em um sério problema de saúde pública e de natureza socioeconômica em muitos países”, falou o delegado Flávio Stringueta.
De acordo com a gerente do programa “De cara limpa contra as drogas”, investigadora Laura Léa Correa da Costa, as ações preventivas realizadas pelos projetos sociais estão pautadas em princípios éticos, com foco no indivíduo e seu contexto sociocultural, buscando desestimular o uso inicial de drogas, bem como incentivar a diminuição do consumo e dos riscos e danos associados ao seu uso indevido.