Professora aposta em livros digitais para estimular leitura durante a pandemia

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A professora Mariana de Melo, da Escola Estadual Marechal Rondon, localizada no município de Juína (a 735 quilômetros a noroeste da Capital) aposta nos livros digitais para desenvolver um trabalho de estímulo à leitura com suas quatro turmas do 6º ano do ensino fundamental.

Com as aulas remotas e os alunos sem acesso à biblioteca, a professora se aliou à tecnologia e pensou em livros que podem ser baixados pelos alunos fazerem a leitura em casa.

Os alunos gostaram da proposta e a terão a tarefa de ler um livro por dia. Entre os títulos sugeridos estão “O Pequeno Príncipe”, “Diário de um banana” e “Malala, a menina que queria ir para a escola”. Como avaliação, os alunos deverão fazer um vídeo relatando o que entenderam da obra.

Biblioteca

Para os alunos que estudam com material impresso, Mariana optou por outra dinâmica. Os estudantes deverão utilizar os livros da biblioteca da escola. Para isso, enviam o nome do livro desejado. Mariana está combinando com a equipe gestora para marcar dias específicos para que os estudantes possam buscar o livro na escola, seguindo as regras de higiene e distanciamento social.

Nas aulas presenciais em 2019, Mariana sempre trabalhou a importância da leitura no processo da aprendizagem. Durante as aulas, a professora percebeu que alguns alunos são leitores natos e estavam desviando da leitura e utilizando jogos e brincadeiras disponíveis na internet.

“Então fiz uma proposta de baixar livros e fazer a leitura digitalmente. Em seguida, gravar um pequeno vídeo contando o que entenderam do livro”, explica.

No entendimento da professora, a leitura tem que ser sugerida e prazerosa, jamais imposta. A sua expectativa é que, mesmo com livros na internet, os alunos mantenham o hábito de leitura.

Mariana salienta que a EE Marechal Rondon tem como uma de suas características, um trabalho voltado para a leitura com muitos alunos que se dedicam à leitura, graças a um trabalho da equipe gestora.

“É um trabalho intensivo de incentivo à leitura. Quando comecei a lecionar no 6º ano, percebi o quanto os alunos gostam de ler. Então, o meu desafio era incentiva-los e fazer com que continuassem com o hábito de leitura”, explica.

A professora lembra que, durante a pandemia, os alunos ficaram um certo período sem leitura. Então, aproveitou a tecnologia para incentivar a sua turma a realizar as atividades em vídeo postado no grupo de WhatsApp de pais e alunos.

Tecnologia

Mariana também não economiza em tecnologia. Para o 6º ano, Mariana trabalha em cima da apostila da Seduc disponibilizada para toda as unidades escolares. O conteúdo trabalhado é gênero jornalístico e anúncios. Com isso, solicitou uma entrevista com os pais sobre algum tema atual, no caso o coronavírus. Ao invés de escrever, os alunos gravaram em vídeo a entrevista.

“Uma de minhas alunas entrevistou o pai falando sobre os cuidados que devemos tomar em casa. O vídeo foi compartilhado com os demais alunos. Ficou muito bom”, comemora.

Ao abordar o gênero jornalístico, a professora convidou um conhecido jornalista da cidade num bate-papo virtual com os alunos das suas turmas. Durante a conversa, foi abordado a questão das fake news. Os alunos perceberam que muitas notícias que eles achavam ser verdadeiras, eram falsas.

Livros da biblioteca da escola estão à disposição dos alunos com aulas off-line
Créditos: Divulgação

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