Prefeitura é ponto de coleta de tampinhas de plástico para ajudar animais abandonados

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A secretaria municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável de Várzea Grande (SEMMADRS) se tornou mais um ponto de coleta do projeto de apoio aos animais abandonados, Tampatinhas Cuiabá. A partir de agora, servidores, contribuintes e a sociedade em geral, poderão contribuir, juntado e doando tampinhas plásticas.

Através da coleta de tampas plásticas e da venda delas para reciclagem, será possível realizar castrações em animais de rua, abandonados, vítimas de maus tratos e também de bichinhos pertencentes às famílias carentes que não teriam como arcar com os custos do procedimento.

Podem ser doadas desde tampinhas de garrafas pet, passando por tampas de produtos de limpeza, de xampu, de pasta de dente, de hidratantes, de óleo de cozinha, de requeijão, de margarina, de sucos, de maionese, de molhos prontos e de condicionador de cabelo, por exemplo. A única orientação é de que antes do descarte nos pontos de coleta, as tampinhas sejam lavadas para evitar a proliferação de odores e bactérias.

A ONG, criada no mês passado, já conta com quase 20 unidades coletoras espalhadas por diversos pontos em Várzea Grande e Cuiabá.

A secretária municipal, Helen Farias Ferreira, juntamente com sua equipe de Educação Ambiental, teve conhecimento do projeto e fez o convite para implantar a caixa coletora do Tampatinhas.

“Além do objetivo central, que é promover a qualidade de vida de animais de rua, gatos e cachorros, há um grande mutirão em prol da consciência ambiental, foco da nossa Pasta. Apoiar e promover uma causa como essa é trabalhar pela educação ambiental. Com o projeto podemos retirar do mundo centenas de quilos de plástico e esterilizar animais que estão vivendo nas ruas, abandonados e vítimas de maus tratos. Evitando crias que terão o mesmo destino: as ruas, os maus tratos. Castrar é colocar fim a um ciclo de abandono”.

A idealizadora do projeto, Kelly Rondon, explica que o Tampatinhas tem duas grandes preocupações: a causa animal e ambiental. “A situação de abandono gera um descontrole populacional. Uma gata fêmea pode gerar até 20 filhotes em um ano, e aquelas que estão em situação de rua não recebem cuidados adequados. Sua saúde acaba sendo prejudicada podendo até morrer. Além disso, os números de animais de rua vítimas de maus tratos são alarmantes. Uma das principais e mais éticas alternativas para driblar essa situação, é a castração desses animais. Além de diminuir o abandono, a castração reduz em até 90% o risco do surgimento e desenvolvimento de tumores e infecções em machos e fêmeas. Para essa ação, estaremos ainda, retirando do meio ambiente quilos e mais quilos de materiais que podem ser reciclados, que se acumulam com facilidade nos leitos e margens de rio, córregos e nascentes e gerar renda”.

Kelly conta que para castrar um gato são necessários 200 quilos de tampinhas para atingir o valor de uma castração. Já para um cachorro, são 400 quilos.

Os dados levantados pelo Instituto Pet Brasil (IPB), em 2019, apontam que a maior população de animais domésticos é composta por cães e gatos. São mais de 54 milhões de cachorros e 24 milhões de gatos, sendo outros 140 milhões, vivendo em situação de rua, segundo o IBGE.

 

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