Pivetta procura ‘chifre em cabeça de Senado’. Pra quê?

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Por João Pedro Marques | O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, é um homem invejável. Sua atuação como prefeito de Lucas do Rio Verde virou um exemplo nacional, mudou conceitos administrativos municipais e transformou um município periférico numa potência regional que até hoje, passados anos de sua experiência na função, o reverenciam pela população no melhor que por lá passou. Lucas sente saudade dos tempos de Pivetta e seu crescimento acelerado.

Na vida privada é um vencedor nato. Seu toque de Midas transforma empresas em potências internacionais. Agricultura, indústria, comércio, serviços, ramo imobiliário, dentre outras frentes, fazem parte de seu conglomerado empresarial que mantém junto a seus milhares de funcionários e clientes e fornecedores um conceito de seriedade, competência e inovação que ultrapassam as fronteiras de Mato Grosso e do país.

Homem de hábitos simples, calado e extremamente observador, é avesso a badalações, luzes, microfones e ostentações. Dirige seu próprio carro, tem na Bíblia seu livro de cabeceira, a família como prioridade, e a conduta reta, honesta e transparente como princípio inarredável. Otaviano Pivetta é sério, não tem máculas e não admite malfeitos. Chega a ser intransigente nessa postura que muitas vezes não agrada pares e companheiros de política.

Homem sério, realizador, estruturado, de família, idolatrado pelos seus colaboradores, com certeza uma das maiores fortunas individuais do agronegócio, se meter nessa raia miúda política e com essa eleição embolada cheia de sanguessugas à espreita

No governo, toca em silêncio como vice-governador as áreas de infraestrutura e próprios da educação. Como não faz barulho e não o admite, fica sem divulgar seus grandes feitos nessa gestão do qual faz parte, dentre os quais, a redução dos preços de asfaltamento que em certos casos chegam mais de 40% das tabelas vigentes, a construção e recuperação de centenas de escolas, sua paixão, e o jeito até nada afável de demonstrar que dinheiro público é coisa séria e se depender dele, assim é e sempre será tratado.

Esse seu radicalismo em preservar a coisa pública, cria filas de insatisfeitos acostumados com a exploração dos bens públicos, entregas ruins e aditivos recorrentes. Pivetta para eles é um pé no saco. E com certeza isso virá agora na conta em forma de subtrações de apoiamentos nessa eleição para o Senado, que diga-se de passagem, além de ser suplementar também é majoritária. O que faz os gastos serem multiplicados por 141 municípios apoiando (leia-se bancando candidatos a vereadores e prefeitos de vários e vários partidos).

É por isso também que estas eleições suplementares ao Senado desenham um cenário onde derrotados, quebrados, estão precisados desse “emprego“ e por isso também vão se utilizar de todas as formas possíveis e imaginárias, republicanas ou não, desonestas com certeza e mentirosas de fato, para ”tentar levar” essa eleição. Dossiês apócrifos, passados remexidos e muita inverdade estão sendo cozidos nas panelas de bruxos de marketing. Concomitante com estas eleições municipais, achacadores profissionais serão verdadeiras sarnas nas costas destes candidatos além de traições que serão o prato principal.

Por isso tudo é que não se entende o porque Pivetta quer entrar nessa. Supondo que ganhe, já entraria no Senado como integrante do ”Baixo Clero” e no primeiro discurso defendendo austeridade, arranjaria uma instituição inteira como inimigos. Fazer lá o que? Lutar contra um sistema viciado e cheio de traquinagens que não fazem parte de sua vida e condutas? Quantos por lá carregam essas bandeiras e princípios? Eu creio que posso contar nos dedos de uma única mão, talvez!

Com meus botões, aqui pensando e analisando o quadro. O papel nato de Pivetta, e o que mais contribuiria para Mato Grosso, onde ele poderia realmente fazer a diferença com suas ideias e postura integra tem nome: Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT).

Poder Executivo, poder Legislativo, poder Judiciário, instituições como o Ministério Público, dentre outras, e os 141 municípios estariam sob a implacável fiscalização e o controle de Otaviano Pivetta, que não tenho dúvidas, seria altivo, poderia ser o grande alavancador de tratar a coisa pública com seriedade apenas impondo seus princípios aqui em Mato Grosso. Tem gente, e muitos, que vão passar a cortar um dobrado com essa minha análise, imaginando o futuro conselheiro Otaviano Pivetta presidindo em algum momento o TCE-MT. Podem apostar.

Homem sério, realizador, estruturado, de família, idolatrado pelos seus colaboradores, com certeza uma das maiores fortunas individuais do agronegócio, se meter nessa raia miúda política e com essa eleição embolada cheia de sanguessugas à espreita. Pra que? Continuo a me perguntar: ou por quê?

Se Pivetta ler esse artigo espero que acredite e reflita melhor até sobre se contagiar durante essas andanças e proximidades com as pessoas e vir contagiar-se pelo covid-19, viu, senhor vice-governador? Falo de coração aberto, alma tranquila e conhecimento nos meus mais de 40 anos vivendo nesse mundo dos bastidores da República e principalmente do nosso amado Mato Grosso. Escolha um candidato que se aproxime do seu perfil político e saia dessa fria até que está em tempo!

TCE, esse é o melhor lugar para Pivetta. Mato Grosso não cansará de agradecer. Anotem!

João Pedro Marques é advogado, jornalista e um observador de cenários da política nacional e mato-grossense.

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