PF faz operação contra desmatamento ilegal em Mato Grosso

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Madeira era retirada da terra indígena Menkragnoti. Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em cidades do estado e também em Goiás

Por Nexo Jornal

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Escudo de Palha, que tem como objetivo o combate ao desmatamento ilegal na terra indígena Menkragnoti, no estado de Mato Grosso. Por determinação da 1ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Sinop, os policiais cumpriram seis mandados de busca e apreensão nos municípios de Matupá, Guarantã do Norte e Peixoto de Azevedo, que abrigam áreas de floresta amazônica, e também na cidade de Iporá, em Goiás.

Entre os alvos da operação há madeireiros e uma liderança indígena. “Os investigados podem responder pelos crimes ambientais de desmatamento e óbice à ação fiscalizadora do Poder Público, com penas de até 4 anos de reclusão e 3 anos de detenção, respectivamente, e associação criminosa, com pena de até 3 anos de reclusão, dentre outros crimes”, informou a Polícia Federal em nota oficial.

As investigações tiveram início a partir de uma denúncia recebida pela Funai (Fundação Nacional do Índio) em fevereiro. Segundo essa denúncia, madeireiros da cidade de Peixoto Azevedo teriam subornado lideranças indígenas, oferecendo R$ 70 mil para que elas ajudassem na retirada de madeira da área.

Naquele mesmo mês, em uma ação conjunta com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente de Cuiabá, policiais federais foram até a terra indígena. Lá, detectaram a área desmatada e apreenderam madeiras cortadas que estavam armazenadas no local, além de armas e veículos.

A Operação Escudo de Palha faz parte de uma ação maior chamada Guardiões do Bioma, que, desde julho de 2021, age no combate ao desmatamento no país. Ela é coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça.

Foto por: Amanda Perobelli/Reuters

 

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