Para evitar acúmulo de água, depósito de pneus e ferro-velho deverão ter cobertura em MT

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Rio Grande do sul- Depósito irregular em Ernestina, no norte do Rio Grande do Sul, tinha cerca de 30 mil pneus abandonados, lixo e carros sucateados (Divulgação/Brigada Militar de Passo Fundo/RS )

Com o objetivo de combater os focos do Aedes aegypti em Mato Grosso, o deputado Wancley Carvalho (PV) apresentou projeto de lei que estabelece a instalação de cobertura em depósitos de pneus, ferros-velhos e sucatas. A intenção é evitar uma epidemia das doenças transmitidas pelo vetor – dengue, febre chikungunya, zika vírus e febre amarela.

Na justificativa do Projeto de Lei 552/2017, o parlamentar salienta que esses locais são potenciais criadouros do mosquito. Por esse motivo, a lei determina que a cobertura fixa ou desmontável deve ser feita de material rígido e apresentar formato que evite o acúmulo de água. O texto estabelece punições, como advertência e até suspensão da inscrição estadual, caso haja descumprimento recorrente.

“É uma lei para proteger a vida das pessoas. Vemos diariamente os casos fatais causados por esse mosquito e, infelizmente, pneus e sucatas armazenadas de qualquer maneira, deixam a população circunvizinha destes ambientes a mercê, exposta ao perigo. Combater o foco é dever de todos, e quando as orientações não são suficientes, precisamos criar regras mais rígidas”, definiu Wancley.

O mosquito Aedes aegypti continua colocando Mato Grosso em destaque nacional quando o assunto é zika, chikungunya e dengue. Em setembro, o Boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, apontou que o Estado, em 2017, figurou como o segundo com maior taxa de incidência de zika, registrando 59,4 casos a cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para Tocantins (62 casos/100 mil hab.).

Segundo a secretaria municipal de Várzea Grande, cerca de cinco mil casos foram descobertos em 2017. Por isso, evitar focos da reprodução desse vetor é a melhor forma de prevenir a dengue o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya.

A ajuda da população, como um todo, é de extrema importância para que o mosquito não se prolifere. “Precisamos continuar com os cuidados rotineiros. Porém, também é necessário que os donos de depósitos de pneus, ferros-velhos, borracharias e estabelecimentos afins tomem as devidas precauções, uma vez que tais locais são propícios para criação de focos e proliferação do mosquito”, finalizou o parlamentar.

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