Justiça proíbe Correios de descontar salário de grevistas

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A ministra relatora do dissídio coletivo de greve dos trabalhadores nos Correios no Tribunal Superior do Trabalho (TST), Kátia Arruda, proibiu a ECT [Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos] de fazer qualquer desconto nos salários dos trabalhadores em greve desde o dia 18 de agosto. Não há ainda data de julgamento do dissídio no TST. A greve continua.

O jurídico da federação nacional está tomando as devidas previdências para resolver sobre os descontos realizados nos salários de agosto.

A ECT ingressou com pedido de liminar requerendo a concessão de tutela provisória de urgência para que fosse declarada a abusividade da greve e determinada a volta ao trabalho, com fixação de multa de R$ 1 milhão para cada entidade sindical.

Na sua decisão, a ministra salientou que a greve só foi deflagrada em razão do impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho 2019/2021.

“Desse modo, não há como, em sede liminar e sem contraditório das entidades sindicais, emitir juízo de valor definitivo da qualificação da greve e a determinação de retorno de todos os trabalhadores ao serviço”, disse no despacho.

Diante disso, os trabalhadores nos correios em Mato Grosso mantém a greve.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na ECT (Sintect), Edmar Leite, considerando a adesão da categoria, essa já é classificada para uma das maiores greves dos trabalhadores nos últimos anos. “A adesão é fundamental para a manutenção dos direitos dos trabalhadores e da dignidade de cada trabalhador cetista e a nossa orientação agora é intensificar e ampliar a greve”, disse.

Ações

Nessa quarta-feira, 2 de setembro, entre 70 e 80% dos trabalhadores do Centro de Entregas e Encomendas (CEE) de Várzea Grande e Cuiabá cruzaram os braços.

A greve

A paralisação dos trabalhadores nos Correios, que completou duas semanas no dia primeiro, é contra a retirada de 70 dos 79 direitos do acordo coletivo firmado no ano passado, por concurso público e contra a venda empresa. Estão em discussão benefícios como o auxílio-alimentação e o desconto relativo a este pagamento, entre outras mudanças que, uma vez adotadas, representaram R$ 4.800 a menos para cada trabalhador ao fim de um ano inteiro, segundo o sindicato da categoria.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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