Por Wenceslau Junior
A criação e existência de um grupo organizado e representativo é muito saudável para a economia do País, haja vista que confere força à categoria para reivindicar e fazer jus aos seus direitos, o que não ocorreria se cada indivíduo lutasse por si só.
Então, se pudesse definir, em linguajar simples, a razão para a existência de uma classe forte e representativa, seria ideal utilizar o conhecido jargão que diz: “Juntos seremos forte”.
Criado há 18 anos, o Sindicato do Comercio Varejista de Materiais para Construção Estado de Mato Grosso – SINDCOMAC/MT representa quase três mil empresas e tem como missão a busca por melhorias e solidez para os empresários do segmento, almejando sempre o fortalecimento da categoria, bem como a representatividade dos seus filiados perante as autoridades administrativas e judiciais, em defesa dos interesses coletivos do segmento.
Juntos temos conseguido o progresso para o setor, deixando a rivalidade e a concorrência de lado em prol do bem coletivo.
Entretanto, nesse atual momento da economia brasileira, os grupos organizados ganham uma importância significante para as empresas, pois com a vigência da Lei nº 13.467/2017, que trouxe diversas alterações e atualizações na CLT, é permitido às Entidades Sindicais negociarem condições de trabalho diferentes das previstas em Lei, e que prevalecerão sobre a legislação.
As modificações nas relações de trabalho e emprego que vinham acontecendo no País refletiram diretamente na Reforma Trabalhista, porém inobstante a valorização dos instrumentos coletivos de trabalho, a CLT trouxe também os limites à essa negociação, de modo que restou assegurado os princípios básicos constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, bem como os direitos dos trabalhadores previstos na Constituição Federal.
A possibilidade de as disposições da própria legislação trabalhista, nos limites estabelecidos, ser alteradas e adequadas às necessidades da realidade das relações do trabalho, mediante negociação é, sem dúvida, um grande avanço num País de dimensões continentais e com diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social.
Portanto, percebe-se que a Entidade de Classe passou a ter um papel importante na representatividade da categoria e uma responsabilidade suprema em bem conduzir as negociações coletivas, priorizando sempre as relações do trabalho para que elas contribuam para o bem estar dos trabalhadores e o fortalecimento das atividades produtivas.
Essa nova realidade nos leva a acreditar, que permanecerão com um quantitativo quadro de filiados, somente aquelas Entidades que realmente prezam pela prestação de serviços ao segmento que representam, assim como faz o SINDCOMAC/MT.
José Wenceslau de Souza Junior é presidente do SINDCOMAC/MT e diretor da ACOMAC/MT e também do grupo Verdão Construção e Acabamento, formado em gestão comercial pela Universidade Cândido Rondon. Email: [email protected].