Hospitais temem falta de insumos e reduzem ritmo de cirurgias

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Falta de medicamentos, insumos, oxigênio e energia já preocupa os hospitais de Cuiabá. No interior algumas unidades de saúde anunciaram a suspensão de cirurgias eletivas e alguns atendimentos ambulatoriais, na tentativa de racionar os materiais existentes. No Pronto-Socorro de Cuiabá foi montado um plano de contingenciamento, para precaver contra uma possível falta caso a greve continue.

Apesar da preocupação na capital, os hospitais afirmam que ainda não foram registrados problemas para os atendimentos, mas a apreensão é quanto ao desabastecimento já que muitos dos produtos adquiridos para reabastecimento de estoques, entre eles insumos básicos e remédios, não chegaram por causa da greve.

No Hospital Universitário Geral a assessoria de imprensa informou que a direção da unidade está preocupada com um possível desabastecimento de oxigênio e, por isso, tem trabalhado para garantir a duração do material. Caminhões carregados com cilindros de oxigênios estão parados nas rodovias estaduais e federais por causa dos bloqueios.

No interior, em Lucas do Rio Verde (354 km ao norte de Cuiabá), o Hospital São Lucas anunciou ontem (25) a suspensão das cirurgias eletivas. A unidade é particular, mas também atende por meio de convênio o Sistema Único de Saúde (SUS). Serão mantidas apenas as cirurgias de emergência e partos. Conforme a nota a medida foi tomada como prevenção para que não falte atendimento aos procedimentos emergenciais. O objetivo é manter um estoque de medicamentos e insumos.

Farmácias

Nas farmácias da Grande Cuiabá também já há registro de falta de alguns medicamentos. Pacientes que usam a enoxoparina, por exemplo, não estão encontrando a medicação em nenhum estabelecimento. Diretor do Conselho Regional de Farmácia do Estado do Mato Grosso (CRF-MT), Wagner Martins Coelho informou que pontualmente alguns medicamentos já devem estar comprometidos e que a se a greve durar mais uma semana, as farmácias terão sérios problemas com estoques no geral.

Ele lembra que a maioria dos remédios chega via terrestre, e mesmo aqueles que vêm transportados em aviões estão comprometidos já que os aeroportos anunciaram também a falta de combustível para as aeronaves. “De forma geral essa greve compromete todos setores”. (Reportagem Dantielle Venturini, GD)

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