Grandes bancos formam conselho para debater a Amazônia

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Manaus, a capital do Amazonas, é vista como a porta de entrada da Floresta Amazônica, o que faz dela um atrativo turístico para o mundo inteiro. Próximo a cidade já é possível observar alguns encantos naturais da Amazônia, como as ilhas Anavilhanas. Segundo maior arquipélago fluvial do mundo com 400 ilhas em 100 km de extensão. Em junho, na época das cheias, muitas ilhas ficam inundadas e o arquipélago muda de aspecto dependendo da quantidade de chuvas. Manaus (AM). Foto: David Rego Jr.

Por Fernanda Guimarães| Como parte de um plano conjunto para promover ações de desenvolvimento sustentável na Amazônia, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander anunciaram ontem a constituição de um conselho consultivo para a região, que será formado por sete integrantes. A ideia é que esses especialistas se reúnam a cada três meses para analisar projetos já em andamento e propor novos planos para a Amazônia.

Fazem parte do conselho Adalberto Luís Val, biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa); Adalberto Veríssimo, pesquisador associado e cofundador do Imazon, um dos principais centros de pesquisa e ação estratégica da Amazônia, e diretor de programas do Centro de Empreendedorismo da Amazônia; André Guimarães, diretor executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM); Carlos Afonso Nobre, cientista com estudos na área de mudanças climáticas e Amazônia e atual responsável pelo projeto Amazônia 4.0; Denis Minev, diretor-presidente das Lojas Bemol, cofundador da Fundação Amazonas Sustentável, do Museu da Amazônia e da Plataforma Parceiros pela Amazônia; a ex-ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, que é bióloga; e Teresa Vendramini, pecuarista e socióloga, atual presidente da Sociedade Rural Brasileira.

“O conceito foi escolher um grupo de pessoas de alta qualificação e notório saber que é comprometido com a ciência, com a defesa do meio ambiente e com a vida. Estamos bastante seguros de que as diferentes visões e formações dos membros do conselho darão substância e massa crítica ao trabalho de propor e orientar medidas que envolvem o futuro da Amazônia. São desafios não só ambientais, mas também sociais e econômicos”, afirmou, em nota, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior.

O presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher, disse que os bancos estão satisfeitos por conseguirem reunir um grupo “altamente qualificado e que conhece profundamente os desafios do Brasil na área ambiental”. “A colaboração dos conselheiros consultivos será fundamental para que nossa atuação na região seja efetiva e gere os impactos positivos que buscamos.”

Já o presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, disse que os conselheiros darão o “respaldo necessário às nossas propostas para o desenvolvimento sustentável da Região Amazônica”. “Esses líderes excepcionais utilizarão sua vasta experiência acumulada em áreas de conhecimento complementares para nos ajudar a subir a régua, propondo ações e metas desafiadoras, que provem ser possível gerar riqueza para o País e beneficiar a população local sem sacrificar nossa biodiversidade e recursos naturais”, completou.

Os três bancos privados anunciaram o plano de desenvolvimento sustentável da Amazônia há um mês, em meio à cobrança global para que o Brasil aumente seu comprometimento em relação aos temas ligados à mudança climática.

Fonte: Estadão Conteúdo – São Paulo

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