Educação: foco é a recuperação da aprendizagem em 2021

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Com as aulas presenciais suspensas desde março passado, as 759 escolas da rede estadual de ensino precisaram reorganizar o calendário escolar de 2020.

Essa reestruturação prevê que o quarto bimestre deste ano será concluído somente em 2021.

Assim, haverá um biênio com um ano contínuo. E, a garantia das autoridades públicas ligada a área da educação estadual é do emprego de recursos pedagógicos e estratégias para assegurar a aprendizagem dos estudantes.

Nos dois anos, serão oito bimestres. As normas foram publicadas no último dia 10, no Diário Oficial do Estado (DOE).

A portaria 603/2020 prevê o encerramento das atividades educacionais de 2020 em 18 de dezembro e continuidade do ano letivo de 2020/2021 no dia 1º de fevereiro de 2021, já com as aulas presenciais, com revezamento.

De acordo com a secretária adjunta de Gestão Educacional, Irene de Souza Costa, um dos pontos para os dois anos contínuos será trabalhar a recuperação da aprendizagem.

“Vamos trabalhar de forma que as dificuldades diagnosticadas em 2020, serão o foco para a recuperação do aprendizado”, informou.

As aulas serão de segunda a sexta-feira. Haverá uma carga horária maior com atividades orientadas. Em casa, os alunos terão tarefas para o aprofundamento da aprendizagem.

“Estamos trabalhando com a nossa rede para que tenhamos todos os protocolos de biossegurança dentro das escolas. O planejamento prevê medidas para voltarmos com às aulas com segurança e se, em um segundo momento, o quadro da pandemia se alterar, vamos sempre reavaliar para manter a segurança dos nossos alunos, professores e toda a comunidade escolar”, disse recentemente o secretário de Estado de Educação, Alan Porto.

Neste sentido, a promessa é de que haverá um termômetro para aferir a temperatura de todos, se o estudante aparecer sem máscara, ele receberá uma da equipe da escola, além da disponibilização de álcool em gel e reforço na higienização das salas de aula.

Outro ponto importante é a previsão do revezamento para diminuir pela metade a lotação das salas de aula.

O retorno das atividades presenciais foi votado no Conselho Estadual de Educação (CEE-MT) e homologado pelo Ministério da Educação (Mec), que reiterou que o Estado possui esta prerrogativa de implantar o ano contínuo em situações excepcionais como esta.

A expectativa é de que seja realizada uma grande campanha educativa para estimular uma acolhida aos estudantes e fortalecer os protocolos de distanciamento.

A Seduc anuncia ainda a aquisição de novos materiais didáticos para fortalecer e elevar o nível de aprendizagem dos jovens.

Além do material didático de ponta, os alunos deverão contar como os “chromebooks”, computador portátil específico para a educação, e os professores deverão ter notebooks à disposição.

O processo licitatório para a aquisição das ferramentas tecnológicas já está em andamento. Outro investimento é a formação continuada dos professores.

Por Joanice de Deus

Fonte: Diário de Cuiabá

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