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Educação Ambiental – Prática necessária para a Geração Alpha

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Por Marcia Amorim Pedr´Angelo |Nesses dias de extremo calor em nossa cidade, deveríamos fazer um exercício de reflexão sobre o que o clima reserva para daqui 10 ou 15 anos, quando as crianças de hoje estiverem adultas e administrando suas casas, veículos automobilísticos, empresas e toda rotina que envolve a fase madura da vida.

As práticas educacionais que realizam hoje farão toda diferença para a qualidade de vida dessa geração e das futuras. Porém, só farão escolhas sustentáveis e “environment friendly” caso conheçam sobre essa vertente e sejam profundamente impactados pelos benefícios e também pelas consequências.

Neste período de queimadas e extrema seca em nosso Pantanal, temos visto diariamente nos noticiários a morte e destruição do nosso bioma, questões que podem gerar uma situação ambiental insustentável em pouquíssimo tempo. Pensando localmente, soluções que agridam cada vez menos o meio ambiente são boas alternativas de contribuição.

Algumas dessas vivências podem e devem ser assuntos praticados ao longo do desenvolvimento infantil, na escola e no lar, trazendo uma familiarização e sensibilização a essa temática.

O reaproveitamento do lixo e a coleta seletiva são cuidados que devem ser inseridos no cotidiano infantil, demonstrando a criança a forma correta de descarte de plásticos, vidros, óleos, além da reutilização do lixo orgânico como adubo, em composteiras ou ainda como fonte de energia através da geração de gases não poluentes que substituam o GLP (gás liquefeito de petróleo). Uma alternativa para a transformação do composto orgânico em gás de cozinha é o homebiogas, produto israelense que já está presente em escolas da nossa cidade e serve de objeto de estudo e de conscientização para as crianças.

O cuidado com o solo, de onde provêm todos os nutrientes para os alimentos que chegam à nossa mesa, é fundamental. Uma das formas de demonstração educacional é através do minhocário, o qual permite que a criança acompanhe de perto e saiba diferenciar a qualidade de um terreno rico em minerais, além de contribuir com a redução do lixo orgânico e redução de gases do efeito estufa.

Outra maneira de educar, é ensinar através do cultivo de plantas ou hortas, onde acompanham o ciclo natural da vegetação, criando deste modo a conscientização da necessidade de água, luz e ar puro para o crescimento saudável dos nossos alimentos.

O ciclo da água também é de extrema importância, pois é através dela que garantimos nossa sobrevivência, desta forma, fazer a reutilização da água (captada do ar condicionado, das pias de lavagem das mãos e da piscina) demonstra o valor deste recurso natural no meio ambiente.

O uso de telhas ecológicas na cobertura das escolas trazem um maior conforto térmico para o clima local e reforça na criança a possibilidade de escolhas sustentáveis nas edificações. A colocação de placas solares como fonte de energia elétrica, que produz energia limpa, sem consequências ou degradação ao ambiente, é outra forma de garantirmos o engajamento e comprometimento com o universo o qual estão inseridos.

Ou seja, crianças que são educadas no meio de práticas educacionais sustentáveis terão no futuro um leque de opções e desejos pautados pelo amor a natureza com uma visão humanista, fazendo escolhas futuras pensadas em como proteger os recursos naturais. Dentre alguns exemplos prováveis de comportamentos a longo prazo dessa geração, destaco a utilização de carros elétricos ou ainda o conceito de “carona paga” através de aplicativos de automóveis evitando ou diminuindo gases poluentes, uso de energias naturais como fonte de abastecimento elétrico, uso de embalagens reutilizáveis ao invés do plástico, e muitas outras opções ecologicamente assertivas. Além disso, em situações como essa vivida no bioma pantaneiro, terão sensibilidade para contribuir e assim reduzir os impactos causados por essa degradação.

Todo empenho realizado agora através das escolhas feitas pelos pais e responsáveis, em casa e na escola dos filhos, promoverá crianças e adolescentes educados e preparados para terem sempre em mente atender as necessidades humanas e, ao mesmo tempo, preservar o planeta.

Marcia Amorim Pedr´Angelo é psicopedagoga, especialista em educação infantil e letramento, coaching educacional.

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