Comissão pró União pela Igualdade Racial do Araguaia saúda o 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

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A Comissão pró União pela Igualdade Racial do Araguaia divulgou nota pública em que celebra o 21 de janeiro, esta terça-feira, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, e recorda o calvário de “Mãe Gilda, líder espiritual que sempre combateu a intolerância religiosa, teve seu terreiro invadido e sofreu agressões físicas e morais por parte de seguidores de outras religiões. Essas ações fragilizaram sua saúde, levando-a a falecer em 21 de janeiro de 2000”.

Confira a nota assinada pela coordenadora da comissão, Marinalva Marques:

Comissão pró União pela Igualdade Racial do Araguaia saúda o 21 de janeiro, Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

A comissão pró organizadora da União pela Igualdade Racial do Araguaia (UIARA), que reúne pessoas negras e indígenas de Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Aragarças e toda a região do Araguaia, celebra este 21 de janeiro, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Em todo o Brasil, diariamente integrantes de religiões de matriz africana e ameríndia, bem como seus templos, são atacados. Não raro ocorrem violências físicas, inclusive assassinatos contra os que professam sua fé no candomblé, umbanda, jurema e outras religiões.
A perseguição religiosa, em especial aos credos originários da África, não é fenômeno recente, remontando ao tempo do Brasil-Colônia. A demonização dos cultos africanos decorre de preconceitos disseminados pelos colonos portugueses em nosso país.
No cenário de tanta violência religiosa em nosso país, foi aprovada a Lei nº 11.635/2007, definindo o 21 de janeiro como Dia Nacional de Combate à Intolerância religiosa. A escolha visa homenagear a Ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda, fundadora do terreiro de candomblé Ilê Axé Abassá de Ogum, de Salvador (BA).
Mãe Gilda, líder espiritual que sempre combateu a intolerância religiosa, teve seu terreiro invadido e sofreu agressões morais por parte de seguidores de outras religiões. Essas ações fragilizaram sua saúde, levando-a a falecer em 21 de janeiro de 2000.
Por sua representatividade na disseminação da tolerância de credos, Mãe Gilda teve o dia de seu falecimento eternizado como símbolo do combate ao ódio religioso.
Nesta tão importante data, a UIARA evoca a memória de Mãe Gilda, que representa tantas outras religiosas e religiosos atacados, mortos, feridos, humilhados e perseguidos no Distrito Federal e no Brasil.

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