QUEM MANDA, MANDA
O presidente Jair Bolsonaro amenizou o mimimi em torno do cancelamento do protocolo de intenções para compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa contra a Covid-10, a Coronavac. Segundo ele, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sabe que “quando o chefe decide, o subordinado cumpre”. Ou seja: quem manda é o presidente e pronto. De quebra, Bolsonaro massageou o ego do ministro e garantiu que ele continua no comando da pasta. “É um dos melhores ministros da Saúde que o Brasil teve nos últimos anos”.
GUERRA DE EGOS
Em meio à guerra de egos entre o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aprovou a criação da Frente Parlamentar pelo Fortalecimento do SUS, composta por deputados e senadores. O grupo irá atuar para garantir o aperfeiçoamento e os recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente no pós-pandemia. . Quase 190 deputados e 15 senadores integram a frente. Nem é preciso adivinhar no que vai dar em termos de discussão de bastidores. O SUS é gerido pelo Executivo e não pelo Legislativo. E quem é que manda lá? O presidente Jair Bolsonaro.
COSTURA DIFÍCIL
O governo federal vai centrar foco nas discussões sobre o Orçamento de 2021. Líderes do governo no Congresso tentam evitar que a votação do orçamento seja empurrada para o próximo ano. A primeira etapa regimental para que o assunto comece a ser discutido nem foi cumprida, que é a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Por conta disso, o líder na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), não descarta uma articulação para que o orçamento seja votado diretamente no plenário, sem ter que passar pela comissão. Uma estratégia difícil de ser costurada, mas é possível.
DEU MARGEM
Foi só o presidente Jair Bolsonaro anunciar a intenção de sobrevoar Amazônia com diplomatas para mostrar que não há incêndios para começar a enxurrada de memes. Segundo o presidente, não há “nada queimando” na floresta Amazônica ou sequer um hectare de “selva devastada” no bioma. Apesar da afirmação do presidente, a Amazônia registrou mais focos de incêndio entre janeiro e outubro deste ano do que no mesmo intervalo de 2019. Segundo o Inpe, de 1º de janeiro até quarta-feira (21/10), eram 89.136 pontos de queimada no bioma, 25% a mais do que no mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 70.922.
ROUBOU A CENA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro deu uma boa notícia aos concurseiros: as seleções para os concursos da Polícias Federal e Polícia Rodoviária Federal deverão ter edital de abertura lançado ainda este ano. O filho do presidente falou sobre o assunto em publicação feita no Twitter e causou polvorosa entre os pretensos candidatos a policiais. O deputado confirmou que serão, ao todo, 4.000 vagas: 2.000 para a PF e 2.000 para a PRF.
ENFIM, MINISTRO
Nesta quinta-feira uma edição extra do Diário Oficial da União deu como encerrada a polêmica nomeação de Kassio Nunes Marques como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Após sabatina ontem no Senado, ele foi confirmado pelo plenário por 57 votos a 10. Marques será o único ministro do Supremo com origem de um estado do Nordeste. Piauiense, contou com a ajuda Centrão para ocupar a vaga deixada por Celso de Mello ao se aposentar.
POSTOS COBIÇADOS
Passada a euforia pela sabatina no Senado de Kassio Nunes Marques para o STF, agora é a vez de a Câmara dos Deputados votar indicações para as próximas vagas que serão abertas no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Para o posto no CNJ há acordo para que a Câmara indique o nome de Mário Maia, filho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Maia. Para a vaga no CNMP, o nome escolhido pelos deputados deve ser o do professor da Universidade de São Paulo (USP), Otávio Luiz. Os postos só ficam vagos no começo de 2021, mas a eleição foi antecipada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
MALDIÇÃO DA CUECA
Bolsonaro pode até ser o “rei dos memes” mas, nesse fim de semana quem vai dominar as redes sociais certamente será o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) após aparecer sem as calças em uma sessão transmitida pela Corte. O magistrado votava de casa, em razão da pandemia de coronavírus, na sessão realizada por meio virtual. Em determinado momento, o magistrado se levanta e é possível ver que ele está usando toga e uma blusa social. Por sorte, estava com roupas de baixo. Será a maldição da cueca?