LIVRE MERCADO
Sobre o agronegócio, o presidente postou hoje em Inglês nas redes sociais ser a favor do livre mercado e saiu em defesa dos sojicultores. Segundo Jair Bolsonaro, há muita gente desinformada criticando o setor que dá mais sustentação ao PIB brasileiro. ”Não podemos diminuir a exportação de alimentos. Olha, a soja toda tem que ser exportada, não tem como se consumir tudo aqui dentro”. Para ele, o cerne das críticas são os partidos de esquerda. “Eles não tem o que mostrar porque não fizeram. Não vão mostrar porque só roubaram. Então, têm que tentar caluniar os outros”, alegou.
FORÇA DO AGRO
E o desempenho do agronegócio foi a grande mola propulsora dos novos empregos no Brasil. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) levantou que entre os cem municípios que mais ampliaram a quantidade de postos formais de trabalho neste ano até setembro, 26 estão nos três Estados que também mais expandiram a receita agrícola na safra 2019/2020. O Paraná foi o Estado que registrou o maior avanço na receita de grãos este ano (53,8%), seguido por Goiás (36,3%) e Mato Grosso (33,2).
BOI-BOMBEIRO
Com a redução dos quadros do Ibama e do ICMBio, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender, nesta segunda-feira, 23, a utilização do “boi-bombeiro” como saída para reduzir os incêndios no Pantanal. “No passado, a gente podia deixar o boi comer o capim acumulado, agora não pode mais. Então, acumula uma massa vegetal morta muito grande e, quando vem o fogo, incendeia e o negócio é uma barbaridade. É o boi-bombeiro. Quando fala, é galhofa. O pessoal que nunca pisou no capim é que fala mal do produtor rural”, afirmou Bolsonaro ao conversar com apoiadores na manhã desta segunda-feira, em frente ao Palácio da Alvorada.
SEGUNDA ONDA
O presidente Jair Bolsonaro parece não acreditar que a segunda onda da Covid-19 chegou ou chegará ao Brasil. Hoje ele voltou a criticar o isolamento social ao atribuir o “fique em casa” a alta dos preços enfrentada pelos consumidores na compra de itens como arroz, óleo e carne. “Se não tivéssemos feito o possível, como foi lá atrás, para ajudar pequena e microempresa, o auxílio emergencial, acho que estaria terrível a situação aqui no Brasil”, justificou o presidente.
NOVAS REGRAS
As novas regras de acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda gratuito na rádio e na televisão vão mexer com o tabuleiro eleitoral de 2022. As eleições municipais desse ano já deram a largada, vedando as coligações partidárias nos pleitos proporcionais. Por conta dessas mudanças e das dificuldades em registrar o Aliança pelo Brasil, são grandes as possibilidades de o presidente Jair Bolsonaro escolher uma das legendas do Centrão para concorrer à reeleição com chances reais de vitória. Em xeque está a capilaridade pelo país, além do acesso ao fundo partidário e do tempo de exposição em rádio e tevê.
CLÁUSULA DE BARREIRA
Como as novas regras tem implicação na capacidade de fazer campanha mais competitiva, é bem possível que algum partido dê início a uma grande discussão para que o Congresso derrube a Cláusula de Barreira ou dê mais para que as siglas se organizem. Medida idêntica foi aprovada em 1995 e, em 2006, foi derrubada pelo Superior Tribunal Federal (STF), em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pelo PCdoB. É importante lembrar que não basta dinheiro em caixa, é preciso bons nomes para fazer a diferença numa eleição. O PSL, por exemplo, elegeu muitos para o Congresso, pôs a mão na grana do Fundo Partidário, mas não teve a mesma sorte com prefeitos e vereadores.
JUDICIALIZAÇÃO
Os questionamentos do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores à lisura do sistema de votação brasileiro geraram preocupações quanto à possibilidade de haver uma judicialização da disputa ao Palácio do Planalto, em 2022. As pressões pela substituição da urna eletrônica pelo voto impresso têm sido vistas como sinal de que o presidente não aceitará uma eventual derrota nas urnas, daqui a dois anos. O presidente intensificou a pregação contra o modelo eleitoral depois de ver a maioria de seus candidatos derrotados no primeiro turno das eleições municipais.
NO ATAQUE
Uma pauta mínima, com baixo custo político e alto retorno social, deve começar a avançar ainda este ano para destravar investimentos, estimou o ministro da Economia, Paulo Guedes, ao participar de dois eventos virtuais na manhã desta segunda-feira. Guedes disse que o governo jogou na defesa até agora, mas pretende partir para o ataque nos próximos dois anos. O ministro elencou o projeto de autonomia do Banco Central, o novo marco do gás natural e a medida provisória da cabotagem, que cria a BR do Mar, como a pauta mínima capaz de destravar investimentos, e o retorno do debate da reforma tributária.