Bolsonaro chuta o balde e “mela” compra de vacina em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo

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ESSE CARA SOU EU

Quem manda no governo? Jair Bolsonaro é claro? Na verdade, o presidente vive dando provas de que é centralizador e de que tudo tem que passar por ele. O episódio mais recente foi o cancelamento do protocolo de intenção da compra de vacina chinesa Coronavac. Todo o processo de parceria para compra de 46 milhões de doses com o Instituto Butantan havia sido encaminhado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mas Bolsonaro tratou de amenizar a situação justificando que houve uma distorção por parte do governador de São Paulo, João Dória. Bolsonaro bateu de frente com Dória, mas deixou Pazuello magoado.

 

BOA SACADA

Depois da visibilidade do Caixa Tem durante a pandemia, o programa poderá se tornar um banco com ações negociadas na bolsa. Em conversa com investidores estrangeiros o ministro Paulo Guedes afirmou que o governo brasileiro criou um banco digital na pandemia ao digitalizar 64 milhões de pessoas para pagar o auxílio emergencial. Ou seja, estão de olho no banco de dados que se formou com os CPFs. Segundo Guedes, muitas dessas pessoas não tinham conta em banco antes disso. Por isso, devem ser fiéis ao banco que lhes deu essa oportunidade.

 

RINDO À TOA

O presidente Jair Bolsonaro está rindo à toa com a arrecadação federal, que subiu 1,97% em setembro, no segundo mês de alta. No acumulado do ano, contudo, a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais acumulam uma queda de 11,7% devido à pandemia. Segundo a área econômica do governo, o resultado só não foi maior por conta do aumento de 38,9% das compensações tributárias e da isenção do IOF crédito, anunciada no início da pandemia.

 

SETE VIDAS

O ministro da Economia, Paulo Guedes, está igual a gato. Parece ter sete vidas. Mesmo com os constantes boatos de que está à beira da fritura, o próprio Guedes diz que será demitido nos próximos meses. Talvez lhe reste uma vida ainda. Ele falou sobre a permanência no governo em tom descontraído durante uma videoconferência com investidores do Milken Institute e parece estar afinado com o presidente Jair Bolsonaro. “Eu acho que é hora de vir para o Brasil. É o país apropriado para dinheiro bom e de longo prazo, investimento privado”.

 

LADO MAIS FRACO

No Brasil a inflação para famílias mais pobres é 10 vezes maior que para mais ricas em 2020. Enquanto os de menor renda acumulam uma alta de 2,5% até setembro, os mais abastados ficaram com uma taxa de 0,2%. Os dados são do indicador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) de inflação por faixa de renda. A explicação para essa diferença no peso da inflação para famílias ricas e pobres está principalmente no aumento expressivo de preços de alimentos neste ano.

 

GUERRA DOS SEXOS

Apesar da obrigatoriedade da cota de 30% nos cargos eletivos, o Brasil ocupa 140º lugar de 193 no ranking de representação feminina na política. Em média, nos países, cerca de 25% dos cargos públicos são ocupados por mulheres. Índice se aproximou de 10% nas últimas eleições no País. O país é ainda destaque negativo na América Latina. Segundo estudo realizado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e pela ONU Mulheres, o Brasil está em 9º lugar entre 11 países da região com relação a direitos políticos femininos.

 

VARREDURA

O senador licenciado Chico Rodrigues (DEM-RR), o do dinheiro na cueca, agora é o principal alvo da imprensa. Em estratégia combinada com a cúpula do Senado, Rodrigues pediu licença de quatro meses após ser flagrado pela PF com R$ 33.150 escondido entre as nádegas. O fato agora é que o parlamentar continua com imóvel funcional e plano de saúde pago com dinheiro público. Por outro lado, Rodrigues ficou sem o salário mensal de R$ 33.763,00 e demais verbas a que tem direito no gabinete. No entanto, o filho, Pedro Rodrigues, que o primeiro suplente, ficou com a vaga e o salário do pai. Ou seja, tudo em casa.

 

VARREDURA (2)

Outro senador que também está na mira da imprensa e Collor de Mello (Pros-AL). Ele é alvo de ação que investiga esquema de propina no Ibama entre 2014 e 2015 para intervenções no órgão.  A operação que investiga o esquema, Batizada de Quinto Ato, é desdobramento da Operação Politéia, deflagrada pela PF em 2015. Segundo as investigações, a atuação de Collor visava a liberação da licença ambiental de instalação do Porto Pontal Paraná Importação e Exportação SA, no Estado do Paraná.

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