Auxílio emergencial injetou R$ 3 bilhões em MT e secretário defende continuidade para evitar crise financeira

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O secretário de Fazenda, Rogério Gallo, defendeu a manutenção do auxílio emergencial que o governo federal vem repassando às pessoas com baixa renda no país e afirmou que o fim do benefício poderia colocar os Estado em risco de uma crise estrutural nas suas finanças. Mato Grosso teve injetado na sua economia R$ 3 bilhões com o benefício, o que representa 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

 

Gallo participou na noite de quarta-feira (30) do debate promovido pelo Foro Inteligência, em nível nacional, junto com secretários estaduais de Fazenda e Finanças, Henrique Meirelles (São Paulo), Décio Padilha da Cruz (Pernambuco), Rafael Tajra Fonteles, (Piauí) e Renê Garcia (Paraná).
 
Um ponto que preocupa os secretários de Fazenda é a possibilidade de que o auxílio financeiro seja interrompido pelo governo federal. Os gestores pediram a manutenção do auxílio.
 
“Mato Grosso possui quase 3,5 milhões de habitantes. Um milhão de habitantes recebeu o auxílio financeiro de R$ 600. Isso foi uma injeção em quatro meses, de quase três bilhões de reais, isso é muito significativo, é quase 2,5% do PIB do Estado”, diz Gallo.
 
Unanimemente os titulares da Fazenda defenderam a manutenção do auxílio emergencial que o governo federal vem repassando às pessoas com baixa renda.
 
Na sua palestra, o secretário Rogério Gallo destacou o conjunto de medidas adotadas pelo Governo do Estado, a partir de 2019, principalmente no que tange à questão da isonomia para os incentivos fiscais e o controle das despesas.
 
“Em 2019 nós tínhamos um queijo suíço cheio de buracos que eram, no caso, os incentivos fiscais. E mais a trajetória crescente com as despesas com pessoal que estavam descontroladas. Nós tivemos em 2020 exatamente o oposto, o controle da despesa com pessoal e, do mesmo lado, um incremento de arrecadação em função dos cortes dos incentivos fiscais, sobretudo do comércio varejista e atacadista. Fizemos a correção que permitiu que Mato Grosso tivesse um comparativo com 2019, um reforço de arrecadação”, explica Rogério Gallo.
 
Os secretários falaram também sobre reforma tributária. O secretário de Mato Grosso destaca e defende também a necessidade de uma boa reforma administrativa para se ajustar à realidade e correção de distorções que existem atualmente.
 
“Não adianta fazermos uma reforma tributária que vá melhorar a produtividade do setor econômico e privado do país se não corrigirmos o gasto público com uma reforma tributária. Com possibilidade em momentos de crises, ter instrumentos que o setor privado tem, e que o setor público, em razão dessa rigidez, que não mais comporta nos momentos atuais, não poder fazer algumas flexibilizações. Obviamente respeitando requisitos e regras, muito bem definidas e muito bem estabelecidas” apontou Rogério Gallo.

Crise vem aí?

O primeiro-secretário da Assembleia, deputado Max Russi (PSB), afirmou que Mato Grosso será ‘destaque nacional’ para sair da crise provocada pelo novo coronavírus, mas que o pior momento virá, no Brasil, em 2021, quando o auxílio emergencial deixar de ser pago. Segundo o legislador, o estado se sairá melhor por conta dos investimentos na economia, principalmente por meio da Fonte 100, uma espécie de “conta corrente” do Executivo.

A declaração foi dada durante reunião no Palácio Paiaguás na tarde da última terça-feira (22). “Os outros estados não conseguem ter a realidade financeira que Mato Grosso tem. Isso é motivo de alegria para a Assembleia Legislativa, para todos os deputados, tenho certeza que para os prefeitos que com isso conseguem fazer seus planejamentos, as suas ações, a forma de desenvolver os seus municípios, declarou Russi.

O deputado comparou a atuação do governador Mauro Mendes (DEM) a uma corrida, em que ele ‘largou organizado, segurando o fôlego’, e que agora começa a acelerar o ritmo. “Eu tenho certeza que ano que vem, como o Wilson colocou, nós teremos um ano que teremos um bom dinheiro de recursos da fonte 100 para fazer investimentos, isso também é algo que nos últimos 15 anos Mato Grosso não via, sempre um percentual quase que… 1, 2% ou nada de investimento da Fonte 100, só acontecia investimentos com recursos do Fethab”, afirmou.

Fonte: Olhar Direto

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