Autismo pode ser detectado através dos dentes do bebê

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O autismo é uma condição capaz de comprometer as habilidades de comunicação e interação social da criança. É necessário que os pais sejam acolhedores e criem um cenário onde as crianças sintam-se incluídas. Há formas de conviver com a doença, e tornar a vida dos pequenos mais fácil. E além dos tratamentos, há também novas formas de detectar a condição logo após o nascimento do bebê: Segundo um novo estudo publicado pelo periódico Science Advances, é possível prever o autismo através do acompanhamento do crescimento dos dentes da criança.

Logo no início da vida, a forma em que as crianças metabolizam certos nutrientes, como o zinco e cobre, é essencial para o neurodesenvolvimento. Alterações e disparidades nesse processo podem causar o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), termo médico englobador das variações da doença.

Como o estudo foi feito

Os pesquisadores explicam que as crianças formam novas camadas dentárias todos os dias através do aumento da idade, e isto mostra que os componentes e elementos químicos do corpo estão circulando de forma sadia. Portanto, os autores do estudo examinaram os dentes de 200 bebês gêmeos na Alemanha. Eles utilizaram lasers para checar se o ciclo de zinco e cobre estava diferente em bebês que não tinham a doença, e quais eram as discrepâncias em comparação a carga dentária dos bebês com o autismo.

Resultados

Os resultados mostraram que os ciclos de zinco e cobre em fetos e crianças que têm autismo foram afetados de formas diferentes em relação a quem não tinha o distúrbio. Os pesquisadores conseguiram replicar esse experimento em crianças do Reino Unido e dos Estados Unidos. Os dados permitiram que a equipe criasse um algoritmo com 90% de assertividade em diagnosticar e categorizar os dentes das crianças que tinham autismo ou não.

Os sinais mais aparentes de autismo surgem a partir dos dois e três anos de idade. Entretanto, existem casos onde o autismo foi detectado aos 18 meses de idade. Segundo pesquisa realizada pela USP, estima-se que o Brasil possua cerca de dois milhões de autistas.

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