Por Ana Luiza Queiroz
Irá acontecer neste sábado (05/02) um ato de mobilização nacional em denúncia do caso de Moïse Mugenyi, imigrante congolês de 24 anos que foi morto em um quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. O ato começará às 9h00, horário de Cuiabá, na Praça da Mandioca, em frente ao Centro Cultural Casa das Pretas. Levando o nome de #JustiçaPorMoïse, o ato pretende reivindicar justiça pela morte brutal do congolês e impulsionar as investigações.
O crime ocorreu na segunda-feira (24/01), quando Moïse se dirigiu ao quiosque Tropicália, onde trabalhava servindo mesas na areia, para demandar dois dias de pagamento que estavam atrasados. Ele foi atacado por cinco homens que agiam em nome do proprietário, e depois de ter sido espancado com chutes, socos e pedaços de madeira por quinze minutos, ele foi amarrado e deixado na escada do estabelecimento, onde a polícia encontrou o corpo. Moïse passou a residir no Brasil em 2011, fugindo de uma guerra na República Democrática do Congo. Pelo menos três homens apontados como suspeitos já foram detidos nesta terça-feira pela polícia civil.
O ato de mobilização irá acontecer simultaneamente pelo país e em Cuiabá está sendo organizado pelo Coletivo Negro Universitário (CNUUFMT) e Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (IMUNE-MT) com parceria da Organização de Suporte das Atividades de Migrantes No Brasil (Osamb) Comunidade Imigrante Africana de MT, Associação de Defesa dos Haitianos Imigrantes e Migrantes em Mato Grosso – ADHIMI-MT.
O presidente da Organização de Suporte das Atividades dos Migrantes no Brasil, Duckson Jacques, um dos responsáveis pela mobilização, disse: “Se eu me arrepender por estar aqui neste planeta, quer dizer eu vou parar de lutar contra todas as maldades, e a intolerância deste mundo. O pior que é e perigoso também, é que você pode ter o amor, estará junto com aquele que tem ódio no mesmo planeta, pode ter muita sabedoria, estará junto com aquele que é Brutal, pode ser honesto, estará com aquele desonesto, só o que eu sei, o mal nunca vai vencer o bem.”
Para mais informações sobre a mobilização em Cuiabá, os seguintes endereços de e-mail e telefone estão disponíveis:
E-mail: [email protected] ou [email protected]
WhatsApp: +65 9 9900 6879 ou + 65 9 9255 6863