Aprosoja-MT publica nota repudiando invasões e atos de vandalismo nos prédios dos Três Poderes

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Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A entidade citou que declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são “descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país”.

Por g1 MT

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) publicou uma nota nesta segunda-feira (9) repudiando as invasões e atos de vandalismo ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto, ocorridos nesse domingo (8), em Brasília.

“Como entidade que preza pelo cumprimento das leis e da Constituição, defendemos a liberdade de pensamento e a manifestação pacífica, mas jamais poderemos concordar com invasão e depredação de qualquer propriedade, seja ela publica ou privada”, diz.

A entidade citou que declarações que atribuam ao setor participação nos ataques são “descabidas e não retratam a real importância do agro brasileiro para o país”.

Segundo a Aprosoja-MT, o grupo é contra invasão a propriedades privadas, grilagens, desmatamento ilegal e o uso irrestrito de pesticidas em lavouras.

“O agro brasileiro é ator importante no desenvolvimento do Brasil, gerando renda, emprego e divisas para o país, produzindo alimento com segurança, responsabilidade e sustentabilidade. Este agro não é composto somente por grandes empresas, mas sim e, principalmente, por pessoas que vão desde o pequeno sitiante, a agricultura familiar, pequenos, médios e grandes produtores, que dedicam suas vidas, economias, e famílias para produzirem alimentos com respeito”, ressalta.

A associação disse ainda que preza pela democracia e que é contra qualquer ato que gere prejuízos ao Brasil.

Movimento golpista

Ao menos quatro bloqueios foram registrados na BR-163, em Mato Grosso, nesse domingo (8). No entanto, após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, uma operação foi montada para desmobilizar as interdições em todo o país.

Mato Grosso não registrava bloqueios em rodovias federais desde novembro. No momento com maior número de atos golpistas no estado, mais de 30 pontos foram fechados por pessoas insatisfeitas com o resultado das eleições e que, por isso, pedem intervenção militar – o que é crime.

Participações em Brasília

Relatório da Polícia Civil do Distrito Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontou que dos 116 caminhões que participaram de atos antidemocráticos em novembro em Brasília, principalmente nas proximidades do Quartel General do Exército Brasileiro, 50 veículos eram de Mato Grosso.

Os caminhões estão registrados no CNPJ de empresas que figuram entre as 43 pessoas jurídicas e físicas que tiveram as contas bloqueadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, por suspeita de financiar e organizar as manifestações em Brasília e no estado.

Das 28 empresas mato-grossenses listadas, 14 tiveram o bloqueio financeiro determinado. Entre elas, cinco fizeram doações à campanhada para reeleição de Jair Bolsonaro (PL).

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