As falsas mentiras pregadas milhares e milhões de vezes acabam se parecendo as verdades que não se explicam. O uso racional da terra, transformando seus recursos naturais em benefícios ao ser humano deveria ser como “causa pétrea” da humanidade. A ciência como parâmetro do bom senso deveria ser condutora da ação do Homem.
Ciência seria, fruto de trabalhos intensos de pesquisa e de estudos aprofundados e comprovados, pela classe científica internacional. Jamais estudos “encomendados” ou falsos estudos isolados a serviço de interesses escusos como alguns que norteiam falácias apregoadas por incautos que não representam nada ainda que agrupem manadas de seguidores encantadas pelas poesias de lindas fábulas.
Em cima de premissas lógicas se criam silogismos falsos e destes se constroem verdadeiros compêndios, lindos castelos com verdes paredes, de telhados ecologicamente corretos capazes de encantar governos e milhares de seguidores cegos e incapazes de uma análise crítica das premissas lógicas.
A sustentabilidade é necessária para a vida. Premissa absolutamente correta e da qual, apenas uma “besta” humana poderia discordar.
A preservação do meio ambiente representa a preservação do próprio homem. Premissa verdadeira de consenso universal.
Poderíamos citar um sem números de premissas verdadeiras todas cobertas de lógica e transparência racional, mas em cima destas premissas lógicas, certos arquitetos de interesses não revelados formaram conceitos que ganharam com facilidade a opinião pública internacional.
Ajudados pela ganância de muitos maus gestores e até de governos, ficou fácil a propagação das inverdades nascidas das premissas lógicas e de consenso universal.
A preservação lógica não pressupõe como querem alguns a intocabilidade do meio ambiente. O desmatamento zero nasce com força de única saída para salvação da humanidade. A comunidade internacional volta-se para a causa desprovida de qualquer embasamento com ameaças de retaliações.
Organizações não- governamentais vociferam pelos ares de antenas mundo afora como se a Amazônia estivesse sendo consumida. A imprensa desavisada ou interessada apenas em atingir algum desafeto alimenta o mundo com imagens sensacionalistas. Na esteira deste oba- oba grandes empresas varejistas, respondendo a histeria de seus clientes, querem interferir legislando sobres nosso país.
Criam protocolos para que seus fornecedores se comprometam com ações e atitudes desprovidas de qualquer embasamento técnico apenas avalizadas pelos falsos conceitos da “moda”. Empresas sendo pressionadas por acionistas e mesmo pelo sistema bancário a se manifestarem sobre o uso e a produção em terras legais como se cúmplices estivessem sendo de algo ilegal.
A Amazônia assim como os Alpes, Champanhe, Mosel ,Tchernoziômni, Lowa, Ilinois, ou a Patagônia são presentes do Criador que devem e que precisam ser explorados. Com a devida racionalidade, sem teorias conspiratórias e sem sensacionalismo o ser humano pode conviver pacificamente com a natureza.
A Amazônia, presente dado ao povo brasileiro poderá dimensionar e corrigir erros praticados em outras regiões do planeta e fazer a exploração desta riqueza sem cometer tantos erros.
Explorar não é contemplar. A utilização racional de um percentual das terras férteis faz parte do processo natural da vida do homem sobre a terra.
Cometemos enorme erro no governo na década de 80, quando tratamos a Amazônia como se fosse um único e pequeno pedaço de terra de um único ecossistema. A redução do percentual de 50 para 20% do uso da terra foi um erro querendo corrigir outro. Na década de 80 quando a lógica demandava um zoneamento agroecológico, no qual se respeitasse a vocação do solo e dos recursos naturais, dando percentuais diferentes ao seu uso, forças internacionais dominaram o então Governo.
Sobre premissas verdadeiras da preservação escondem-se, reservas minerais, terras férteis, inibe-se o desenvolvimento do país, enquanto propagam-se ideias da internacionalização da Amazônia.
A Amazônia tem áreas que deveriam ficar intocáveis com 100% de cobertura natural assim como tem aquelas que poderiam ter uma utilização muito acima dos 20%. O resultado da política imposta de um governo foi uma amarra a produção e ao crescimento do país.
Um “exército” de inocentes brasileiros manipulados se pôs em marcha dentro de alguns ministérios criando parques e reservas de toda espécie ao mesmo tempo aumentando as já existentes. A Amazônia tratada como um pequeno jardim disseminando-se que os povos que aqui vivem poderiam “viver dos frutos da terra”.
Enfim, deixando a Amazônia, e pensando no Foie Gras (fuagrá).
Fosse dado aos gansos franceses uma escolha, não prefeririam eles viver na Amazônia?
Paulo Bellincanta é presidente do Sindifrigo-MT. Email: [email protected]