Amalgama dental, um veneno silencioso

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Aquela restauração escura que a maior parte das pessoas possuem é considerada a mais duradoura e resistente de todas, os pacientes relatam que elas são de estimação, estando no dente há 20, 30 anos. Realmente no ponto de vista como material restaurador preenche todos os requisitos, protegendo o dente da transmissão de temperatura, dilatação, infiltração, resistência e durabilidade. Somente a estética compromete.

O sonho de consumo dos dentistas era ter um amalgamador que misturasse a limalha de prata com o mercúrio para ser colocado no dente, senão teria que fazer com um recipiente de vidro fosco chamado grau e um outro denominado pistilo. O dentista   teria que colocar os materiais na dosagem certa e misturar amassando com o pistilo que seria como um socador de alho contra a cumbuca, porém, bem menor. Como dentista que já sou, há alguns anos, fiz muitos amalgamas manualmente, depois veio a resina que tem a cor do dente e passou a ser a preferência dos pacientes. Que dizem, “eu não quero aquelas obturações escuras, prefiro as da cor do dente”, outros pacientes dizem, “troquei todas escuras pelas as de resina” e aqueles que ainda possuem, falam “meu dentista disse que é melhor não trocar, pois elas estão aí há muito tempo e está tudo bem”.

Com o surgimento da Odontologia Biológica, passou a vir o questionamento dos materiais que causam danos para a saúde e este “santo amalgama” passou a se mostrar um agressor para a saúde humana devido ao mercúrio que evapora em baixas temperaturas, bastando apenas esfregar o alimento durante a mastigação. Este vapor passa a ser absorvida pelo organismo através da mucosa que tem poder de reabsorção maior que o estômago. Ou seja, se for colocado um medicamento embaixo da língua, a absorção é maior que engolindo. O mercúrio afeta os neurônios que são encapados com uma bainha de mielina que na presença do mercúrio ela é reabsorvida deixando o com baixo poder de condução de estímulos nervosos.

Com isso, na visão da Odontologia biológica, que é muito forte na Alemanha, Canadá e EUA, o uso desse material não é o mais apropriado nos dentes. Mas, sua remoção, passa a ser pior que ficar com ele, sem os cuidados adequados. Para se retirar, usa-se uma broca de alta rotação, para desgastar e formar um pó que nunca poderia entrar em contato com a mucosa bucal, língua, garganta, além do vapor do mercúrio que passa a ser inalado, tanto pelo paciente como pelo dentista e sua atendente, indo direto para o pulmão. Para proteger o organismo na remoção destas restaurações, foi desenvolvida técnicas adequadas que devem ser seguidas com critério e cuidado.  O mercúrio é um metal pesado que dificilmente é eliminado pelo organismo. Se encontra com facilidade pessoas com tremores e dificuldade motora por ter ingerido peixes contaminados por este metal.

Outro fator negativo desse recurso é o fato de ele ser metal que possui uma carga elétrica extremamente acima das células e principalmente dos nervos do próprio dente e regiões anexas, que pelo conceito da Terapia Neural e Odontologia Neuro-focal, ciência desenvolvida inicialmente na Alemanha em 1920, depois Rússia e na sequência difundida mundo afora e recentemente chegou ao Brasil. Considera o metal um campo de interferência ao Sistema nervoso levando a desequilíbrios patológicos, funcionais e emocionais, assim como os implantes dentais de metal. Por isso que eu sugiro a meus pacientes os implantes de zircônia (cerâmica) por não ter eletricidade, é neutro e também por ser de cor branca não deixa a gengiva cinza.

A odontologia brasileira está ainda muito inocente e mecanicista diante deste problema muito sério, visando apenas a estrutura e a estética, tendo a tecnologia como diferencial mas  muito distante da biologia, submetendo os pacientes a este mal orgânico, porém muito mais intensamente a convivência no dia a dia, inalando  e manipulando na sua remoção sem os devidos cuidados deste  veneno.

Espero estar contribuindo com este pequeno artigo alertando a sociedade diante deste fato. Mas não para aí, porque não é o único problema que a odontologia, tida como moderna, causa à saúde sistêmico, tema que serão ressaltados em outros artigos.

Dr. Rosário Casalenuovo Júnior, é diretor Clínico do Instituto Machado de Odontologia, Presidente da ABOR-MT (Associação Brasileira de Ortodontia – SEC.MT). Contato: rosá[email protected]

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