Alvo da PF, ex-senador de MT nega ter pago propina a auditores

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A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados ao ex-senador Cidinho Santos (PL), durante a quarta fase da Operação Carne Fraca, denominada Romanos, deflagrada na manhã desta terça-feira (1º).

Os policiais federais estiveram na sede da empresa União Avícola, em Nova Marilândia (a 270 km de Cuiabá), e em seu escritório em Cuiabá.

As medidas cautelares foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR).

Segundo as investigações, as empresas de Cidinho teriam pago vantagem indevida a pelo menos um fiscal do Ministério da Agricultura, que é o principal foco de investigação da Carne Fraca.

A reportagem conversou com o ex-senador na manhã desta terça. Por telefone, ele negou que tenha realizado pagamentos indevidos.

Ele disse ainda que recebeu com tranquilidade os agentes da Polícia Federal, e garantiu que não cometeu nenhum ato ilícito.

“Eu não tenho nenhuma preocupação com isso. Nós não pagamos vantagem indevida nem bonificação para nenhum fiscal federal. A empresa está bastante tranquila em relação a isso”, afirmou Cidinho.

“Levaram documentos relacionados à contabilidade da empresa. E eles investigam supostos pagamentos de vantagens indevidas a um fiscal federal. Investigam se a empresa poderia ter pago alguma vantagem, como o prêmio-saúde para servidores. E isso não é verdade, nós nunca pagamos. E esse fiscal que eles citam nunca nem atuou na nossa empresa”, afirmou.

A PF não informou o nome dos fiscais que supostamente teriam recebido vantagem. Cidinho contou que acompanhou a busca e apreensão em seu escritório em Cuiabá.

“Foi uma condução tranquila. Foram muito educados. Citaram que era uma determinação do juiz de Ponta Grossa, no Paraná”.

Segundo a Polícia Federal, há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos. Os valores, segundo os investigadores, eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas que representavam os interesses dos fiscais.

Operação Carne Fraca

A 4ª fase da Operação Carne Fraca, denominada Romanos, foi deflagrada nesta manhã e cumpriu 68 mandados de busca e apreensão em nove estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro

Em Mato Grosso, foram cumpridos mandados em Nova Mutum, Cuiabá, Nova Marilândia e Mirassol d’Oeste.

O inquérito tem como foco principal a apuração de crimes de corrupção passiva praticados por auditores fiscais agropecuários federais em diversos estados, em benefício de um grupo empresarial do ramo alimentício, que passou a atuar em colaboração espontânea com as autoridades públicas na investigação.

O grupo empresarial indicou que ao menos 60 auditores fiscais agropecuários teriam sido favorecidos com as vantagens indevidas.

 

Fonte: Midia News Foto: Reprodução

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