Academias e atividades físicas têm novo perfil de adeptos que buscam mais saúde pós covid

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As academias e as atividades físicas voltaram a ser mais procuradas na região metropolitana após um ano de meio de pandemia. Neste rol de busca existem vários motivos, entre eles o público que já praticava alguma atividade, mas suspendeu por receio de contaminação e agora retornou, pessoas que eram sedentárias mais buscam agora melhorar a saúde e também recuperados da covid 19, que buscam fortalecimento muscular e melhor condicionamento. Dados da Acad (Associação Brasileira de Academias) revelam que esse novo comportamento pode ajudar a mudar o grau de sedentarismo do brasileiro, algo extremamente necessário. “Para cada pessoa que frequenta uma academia, têm 19 no sofá. Esse número é um retrato do ranking mundial da OMS que aponta o Brasil como o 5º país mais sedentário do mundo, com o percentual de 46% da população inativa, sendo a média global de 28%. Esse cenário tem sido agravado pela pandemia”, explica Celso Mitsunari, representante da ACAD Brasil em Mato Grosso.

Ainda de acordo com ele, o setor ainda passa por um momento de recuperação, durante os períodos mais restritivos de isolamento social houve queda de 60% da adesão de alunos das academias, mas esse percentual agora se reverteu em procura. “Podemos dizer que depois de um longo trabalho, investindo em um rígido protocolo de biossegurança os alunos voltaram no mesmo percentual que antes era de cancelamento de matrículas. Neste momento conseguimos conquistar um novo perfil, pessoas mais maduras e até casais, com foco na melhoria da saúde, e não em especial a uma transformação física”, revela.

Para atender esse novo perfil de público as academias também se prepararam mais com serviços que atendam quem está interessado em melhorar a saúde, mas com pouco tempo de permanência nas atividades. A gerente da academia Forz explica que antes era mais comum, o alunos se estender mais no local, e o número de pessoas mais jovens abaixo de 30 anos dominava o espaço, porem a transformação do comportamento e perfil logo ficou evidente. “Entre as novas adesões chamou atenção o fator idade, um pouco mais elevada agora, e também casais que juntos unem forças para agregar a atividade física na rotina. Esse novo perfil dita um novo ritmo, são pessoas que otimizam os exercícios, de forma mais rápida, sem paradas mais longas entre um exercício e outro. Ou seja, com o isolamento a finalidade é ir à academia não por interação social também, mas principalmente para ter resultados”, explica Marcela Schumann.

A Forz conhecida por ser uma academia boutique também se torna mais requisitada pelos inúmeros serviços agregados já inclusos na mensalidade. “Nosso pré e pós treino, por exemplo é um clássico, isolado ou concentrado, com adição ou não de frutas é um grande aliado na mudança também de alimentação dos aluno, o que garante um retorno mais rápido na saúde e no físico”, ressalta.

Ainda segundo Schuman é comum na academia o surgimentos de novas matrículas ou o retorno após trancamento por causa da pandemia. A jornalista Luciana Gaviglia integra esse time de recuperados pós covid da Forz.

“Após ficar com 50% dos pulmão comprometido e permanecer hospitalizada por dez dias encontrei na academia um aparato profissional que impulsionou minha recuperação. Antes já fazia as aulas de musculação, mas como uma obrigação para melhorar o condicionamento físico, mas depois da covid, percebi que manter maior comprometimento nas aulas era o que permitia o retorno da força muscular e a melhora no sistema respiratório, me senti reviver mais rápido”, define a jornalista.

Neste cenário ainda pandêmico o setor se sente ainda mais obrigado a manter a excelência neste serviço essencial a saúde. “O setor fitness se uniu em um único propósito; contribuir para que a população possa se manter fisicamente ativa. Queremos ajudar a tirar o Brasil do ranking de países mais sedentários do mundo. Temos mais de 29 mil academias e 480 mil profissionais de Educação Física. Nossa ideia é ter o máximo do setor à disposição para tirar as pessoas do sofá e mudar essa realidade”, finaliza Mitsunari.

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