Abilio chama processo disciplinar de retaliação e vai contra-atacar quem quer cassar seu mandato

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Após a divulgação sobre a possibilidade do vereador Abílio Junior(PSC) ser cassado, com a instauração de um procedimento para apurar a conduta do parlamentar municipal, em decorrência de supostos excessos cometidos por ele, dentro e fora do parlamento cuiabano, por meio da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, o vereador convocou coletiva de imprensa nesta terça-feira (29), na Casa de Leis da capital, para avisar que está pronto para contra-atacar os argumentos, que alguns colegas podem estar preparando para assegurar a perda de seu mandato e sua inelegibilidade nas próximas eleições.

 

O parlamentar social cristão que marca posição contrária à maneira como o prefeito Emanuel Pinheiro(MDB), administra a Prefeitura de Cuiabá e seus constantes apontamentos sobre a aprovação dos projetos que são encaminhados pelo Palácio Alencastro, à Câmara, com uma margem de votos alta, por conta de uma base de apoio que chega a ter uma representatividade de quase 80% na Casa, inequivocamente, o tornou um dos opositores mais ferrenhos do gestor emedebista e, ao que parece, isto vem incomodando bastante o prefeito.

Na empresa cuiabana de saúde encontrei atos ilícitos como indicações de contratos, contratações de pessoas por meio de indicações políticas, fraudes no pagamento de verbas indenizatórias, fraudes nos processos de contratações de empresas de medicamentos. Uma série de atos de corrupção que, inclusive, resultou na prisão do ex-secretário de saúde municipal, Huark Douglas

 

Ainda que o processo disciplinar seja de autoria do ex-vereador Oséas Machado (PSC), atualmente membro do corpo administrativo do Hospital Municipal São Benedito, que como suplente de Abílio, seria o mais beneficiado, inclusive, com a cassação do parlamentar. Oseas acusa o colega de legenda de abuso de autoridade. No documento lido na Câmara, ainda consta que Abílio tem “praticado de forma reiterada e conscientemente atos incompatíveis com o decoro parlamentar, por abuso de prerrogativas constitucionais asseguradas ao vereador”.

 

E também supostas ofensas feitas a outros colegas, como ao presidente da Câmara, Misael Galvão (PSB) – a quem ele classificou como preguiçoso -, além do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que Abílio chama de corrupto.

 

A resolução que instaurou o processo foi publicada no Diário de Contas que circulou na última sexta-feira (25). A relatoria será feita pelo vereador Marcrean Santos (PRTB).

 

Em conversa com jornalistas nesta terça, na Câmara de Vereadores, o vereador Abílio Junior, pediu que a Casa de Leis mostre provas sobre ele ter usado de violência contra qualquer um colega de parlamento ou contra servidor público. E que aponte onde estaria o decoro parlamentar.

 

“Onde está este vídeo ou porque nenhum destes vídeos vieram a público. Tive uma conversa com o secretário de Estado de Segurança, Alexandre Bustamante e relatei estas questões e tive a promessa dele [Bustamante] que faria algum tipo de monitoramento sobre o assunto”.

 

Ao ser questionado sobre uma discussão ocorrida em reunião no gabinete da presidência da Casa, Abílio admitiu a ‘briga’ e que ela teria ocorrido com o vereador Juca do Guaraná (Avante). Revelando que o vereador do Avante teria se sentido ofendido com ‘uma fala sua em plenário’ e nesta reunião [no gabinete de Misael Galvão] pediu para ele [Abílio], fazer um exame de sanidade mental.

 

“Na ocasião, respondi que faria desde que ele fizesse também um exame toxicológico. Quando Juca ficou descontrolado e jogou uma cadeira em minha direção e acabou meio que acertando Orivaldo da Farmácia (PRP).  Juca ainda saiu pra cima de mim e eu fugi. Porque não tenho interesse de entrar em confronto físico, pois acredito que temos que ir na base da ideia, só parte para o ataque quem perde os argumentos”, ainda revelou o vereador. Que prometeu que a partir de agora vai responder aos ataques de alguns colegas na Câmara, que querem vê-lo fora do parlamento, por meio, igualmente, do ataque. Ao assegurar que não irá “abaixar a cabeça, pedir benção ou fazer negociata”.

 

“Então se querem cassar meu mandato, então vou juntar meus argumentos [minha peça de defesa] contra a de outros vereadores que estão se posicionando contra mim e vou mostrar, ao juntar as peças, quem estaria com a razão. Se este é o expediente [o critério que estão usando para cassar meu mandato], vou usar também os argumentos que tenho […] Assim, serão pelo menos sete vereadores a serem cassados aqui na Câmara Municipal, quem sabe se a Câmara não fica melhor assim […] E não é questão de temor por ser alvo de uma cassação. Mas em uma Câmara que arquiva uma CPI do Paletó, que faz um retroativo de ajuda de custo para vereador e muitos projetos que estão aqui na Casa, eles não dão a mínima com a opinião pública, então tudo é possível […] Assim, o que eu preciso neste momento é do apoio da população, para que os vereadores entendam que o que faço, tenho o apoio da população. E se eles querem cassar meu mandato, então vão cassar meu mandato com a população sabendo de tudo o que acontece por dentro da Câmara”.

 

Abílio ainda prometeu que para cada mentira que eles falarem a seu respeito, ele irá apresentar os fatos reais, como forma de se contrapor a eles. Lembrando que em relação ao suplente de sua sigla, Oseas Machado, ele teria ido à Empresa Cuiabana de Saúde, no Hospital São Bendito. Lembrando que neste período, na condição de presidente da CPI da Saúde, inclusive com poder de polícia, vasculhou documentos sim. Em vídeo enviado pelo aplicativo WhastApp, ao site O Bom da Notícia, Abílio, ao lado do colega, o vereador progressista, Diego Guimarães, pede a Oseas uma série de doumentações no São Benedito. (Veja abaixo).

 

“Fiz e e encontrei atos ilícitos como indicações de contratos, contratações de pessoas por meio de indicações políticas, fraudes no pagamento de verbas indenizatórias, fraudes nos processos de contratações de empresas de medicamentos. Uma série de atos de corrupção que, inclusive, resultou na prisão do ex-secretário de saúde municipal, Huark Douglas”.

 

O ex-secretário municipal de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, foi preso na Operação Sangria II, acusado de liderar uma organização criminosa responsável por fraudes em contratos firmados com o município e Estado, na área de Saúde. Huark foi solto, por meio do cumprimento de uma série de medidas cautelares, após delação.

 

De acordo com o vereador, a retaliação que lhe está sendo imposta, como a abertura de um processo disciplinar, é o jeito que alguns colegas de parlamento municipal encontraram, segundo ele, para que perca boa parte de seu tempo se defendendo, “enquanto eles [vereadores] vão criando mais assuntos difamatórios. “E, assim, me retirando do meu objetivo e tarefa que é de fiscalizar as denúncias que chegam. Por isto agora é ação e reação. Pois esta é uma guerra política, porque qualquer uma das acusações feitas contra mim, na Justiça poderá não dar em nada, levando em consideração que tenho imunidade parlamentar para falar que penso e tenho autonomia para trabalhar como fiz, por exemplo, na fiscalização da CPI da Saúde como, aliás, fiz”, finalizou o parlamentar municipal.

 

Veja vídeo

 

Fonte: O Bom da Noticia

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