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sexta-feira, abril 19, 2024

Familiares devem redobrar cuidados com paciente com câncer durante a pandemia

Médico oncologista da Unifesp destaca a importância de alguns
procedimentos dentro de casa

A pandemia do novo coronavírus tem mudado a rotina de todos. As
pessoas também aumentaram os cuidados com a saúde para evitar a
transmissão da Covid-19. A doença pode ainda ser pior para pessoas
acima de 60 anos, com doenças crônicas – como diabetes, doenças
cardiovasculares e respiratórias – e com imunidade baixa.

Ramon Andrade de Mello, médico oncologista, professor da disciplina de
oncologia clínica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e da
Escola de Medicina da Universidade do Algarve (Portugal), ressalta que
os cuidados com os pacientes com câncer devem ser redobrados: “Esse
grupo corre o risco de ter complicações graves se for contaminado pela
Covid-19. Por isso, os familiares dos pacientes em tratamentos de
quimioterapia, radioterapia que fazem uso de medicamentos
imunossupressores, além daqueles que tenham feito cirurgia há menos de
um mês, devem tomar alguns cuidados”.

O especialista explica que o cuidador ou familiar deve ficar atento
com a higiene da casa diariamente. Quando isso não for possível,
algumas medidas ajudam reduzir os riscos de contaminação. Por isso, é
preciso desinfetar as superfícies que são tocadas com maior frequência
como mesas, bancadas, superfícies do banheiro e cozinha, maçanetas,
entre outras. “Assim como todos estão deixando os sapatos na entrada
da moradia, o mesmo procedimento é imprescindível para as famílias dos
pacientes oncológicos. Também é preciso limpar as compras antes delas
serem guardadas”, esclarece o professor de oncologia da Unifesp.

“Se o familiar ou cuidador apresentar qualquer sintoma de gripe, não
deve ter nenhum contato com o paciente”, ressalta o médico. Ele lembra
da importância de trocar de roupa e lavar bem as mãos, e até de tomar
banho, antes do contato com a pessoa com doença oncológica. “Recomendo
ainda o uso de máscara, mesmo em casa, para esses pacientes, se não
for possível separar o familiar ou cuidador com sintomas de gripe. Mas
o ideal é o isolamento”, defende o especialista.

Sobre Ramon Andrade de Mello

Oncologista clínico e professor adjunto de Cancerologia Clínica da
Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), Ramon Andrade de Mello tem pós-doutorado em Pesquisa
Clínica no Câncer de Pulmão no Royal Marsden NHS Foundation Trust
(Inglaterra) e doutorado (PhD) em Oncologia Molecular pela Faculdade
de Medicina da Universidade do Porto (Portugal).

O médico tem título de especialista em Oncologia Clínica, Ministério
da Saúde de Portugal e Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO).
Além disso, Ramon tem título de Fellow of the American College of
Physician (EUA) e é membro do Comitê Educacional de Tumores
Gastrointestinal (ESMO GI Faculty) da Sociedade Europeia de Oncologia
Médica (European Society for Medical Oncology – ESMO), Membro do
Conselho Consultivo (Advisory Board Member) da Escola Europeia de
Oncologia (European School of Oncology – ESO) e ex-membro do Comitê
Educacional de Tumores do Gastrointestinal Alto (mandato 2026 – 2019)
da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (American Society of
Clinical Oncology – ASCO).

O oncologista é do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein
e Hospital 9 de Julho, em São Paulo, SP, e do Centro de Diagnóstico da
Unimed (CDU), em Bauru (SP).

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